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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ano de prata, véspera de quê?

O vice-campeonato do Vôlei Futuro no Torneio da Basileia consagra 2010 como o ano de prata do vôlei feminino brasileiro.

Enquanto a seleção ficou em segundo lugar no Grand Prix e no Mundial do Japão, o Sollys/Osasco foi vice-campeão mundial de clubes e, agora, o time de Araçatuba fecha o ano perdendo para o Volero Zürich.

Além dos vices, 2010 ficará na memória do torcedor pelas contusões de Mari e Paula na fase final do Grand Prix, que as tiraram do Mundial, e pela busca infinita pela substituta de Fofão: Dani Lins começou com vantagem, perdeu a titularidade para Fabíola, mas essa briga deve seguir e ganhar mais concorrentes até os Jogos de Londres – Ana Cristina, do Vôlei Futuro, pode ser uma que entre nessa disputa; Ana Tiemi, não mais.

Foi ano para Natália se firmar na seleção, com ótimas possibilidades de seguir como ponteira titular pelos próximos anos. E foi também para que Sheilla consolidasse sua posição de melhor atacante do vôlei nacional.

A pedida é para que Zé Roberto Guimarães, em 2011, teste Fernanda Garay mais vezes e comece a convocar Tandara, que fez um ótimo paulista e foi destaque do Vôlei Futuro, na Suíça. O Grand Prix servirá para isso.

O ano novo será feliz para o Vôlei feminino do Brasil se, sobretudo, conquistar a Copa do Mundo (porque pensar só na vaga olímpica é pensar pequeno), encontrar uma levantadora confiável e buscar novas opções de jogo para o passe e o ataque.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Suécia e o Handebol

A Suécia tem tradição no Handebol. Ganhou três pratas olímpicas, entre Barcelona/1992 e Sydney/2000, venceu dois campeonatos mundiais na década de 1990 – com direito a dois vice-campeonatos e dois terceiros lugares – e venceu o campeonato europeu quatro vezes. Ratifico: a Suécia tem tradição no Handebol masculino: nenhuma dessas conquistas pertence às suecas.

O time feminino da Suécia nunca fez cócegas nas gigantes do esporte. Nunca havia participado das Olimpíadas, até que as disputou em 2008, e não jogava em mundiais desde 1995. Mas, súbito, tudo mudou radicalmente.

Depois da boa participação em Pequim, quando saiu na segunda fase pela mão da Noruega – que levaria o ouro para casa –, a Suécia conseguiu vaga no Mundial da China, no fim do ano passado. É verdade que a campanha não foi boa e o time caiu fora logo na primeira fase.

Mas, no europeu deste ano, o torneio mais difícil do Handebol – mais do que campeonato mundial ou Jogos Olímpicos –, as suecas terminaram com a medalha de prata, dando conta de uma evolução meteórica que coloca o time entre os candidatos a pódio em qualquer competição de que participe.

(Um detalhe que dá mais mérito ainda à campanha sueca: a Suécia perdeu a final para a Noruega, de quem havia vencido na segunda fase. Nada mal para quem, no Europeu de 2008, havia ficado na oitava posição.)

Amanhã, tem final no Basquete

Sport e Católica entram em quadra amanhã, às 21 horas, na Ilha do Retiro, para a decisão do Pernambucano masculino de Basquete. A Católica venceu o primeiro jogo por WO, graças à confusão entre Sport e Náutico, nas semifinais, e o Sport fez 62-58 na segunda partida.

Se vencer, o Sport garante mais um título estadual masculino adulto esse ano, a se juntar ao Futebol e ao Hóquei sobre Patins. Já a Católica luta pelo terceiro estadual consecutivo no Basquete. Tem cara e jeito de jogão.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Olho no Canadá

Com todas as ressalvas que devem ser feitas – brasileiras em más condições físicas, desfalque de Cristiane e Daniela Alves –, é preciso reconhecer que o Canadá jogou um bom futebol no Torneio Cidade de São Paulo e mereceu o título.

Título que, se ficasse com o Brasil, seria apenas pela genialidade de Marta. Não pela organização do time, não pela solidez da defesa, não pelo apoio do meio-de-campo, apenas, por causa de Marta.

Com a Copa do Mundo batendo à porta, não dá para não pensar que esse time canadense, com Sinclair e Tancred, vai dar um trabalho desgraçado lá na Alemanha.

Imaginando que o Brasil vença seu grupo (contra Noruega, Austrália e Guiné Equatorial) e que o Canadá fique em segundo no seu (com Alemanha, França e Nigéria), as duas equipes podem se encontrar nas semifinais. Ou ainda pior: se o Canadá vence o grupo, o Brasil pegaria a Alemanha, nas sêmis.

Certo, Brasil, Alemanha e EUA são a trinca de ases do Futebol feminino mundial. Mas o Canadá, com o título da Concacaf e esse agora, na casa das brasileiras, começa a se aproximar perigosamente do grupo.

Tragédia: ciclista comete suicídio

O ciclista argentino Armando Borrajo, de 34 anos, cometeu suicídio. Segundo o site El Depornauta, ele pulou da sacada de um prédio no bairro La Paternal, em Buenos Aires, nesse sábado. O irmão dele, o também ciclista Alejandro Borrajo, que participou dos Jogos Olímpicos de Pequim, teria quebrado o braço, tentando evitar que Amando pulasse. As causas do suicídio ainda são desconhecidas.

Além de já ter participado da Volta Ciclística de São Paulo, Armando foi vice-campeão argentino de Ciclismo de Estrada, em 2006 e havia vencido, também, provas na Espanha. Há alguns dias, num episódio não totalmente explicado, ele sofreu um sequestro e foi localizado pela polícia bastante ferido.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Pelo esporte nada?

Eleito presidente do Sport há dois dias, Gustavo Dubeux concedeu ontem, na Ilha do Retiro, sua primeira entrevista coletiva depois da eleição (para ver os principais pontos da entrevista, clique aqui).

Ele falou da construção de um centro de treinamento em parceira com o Banco BMG, patrocinador do futebol do Sport, falou que a estratégia de marketing de sua gestão se baseia em fortalecer a marca recuperando o sócio inadimplente, falou da construção, que deve começar, no máximo, em 2012, da arena para substituir o estádio da Ilha do Retiro, etc., etc. Mas não falou nada sobre esportes que também fazem parte da história do clube. Ou, pelo menos, ninguém perguntou nada a ele.

O Sport disputou as três últimas Superligas femininas de Vôlei, já foi várias vezes semifinalista da Liga Nacional feminina de Basquete, conquistou três títulos nacionais de Hóquei masculino adulto – sendo o atual campeão, inclusive –, venceu o brasileiro masculino de Futsal sub-17 e sub-20 este ano, tem um dos melhores centros para o Tênis de Mesa do Norte-Nordeste, formou atletas como Jaqueline e Dani Lins, da seleção feminina de vôlei, e Joanna Maranhão, maior nadadora brasileira desde Maria Lenk.

Tudo inútil, esquecido: o único esporte presente na coletiva foi o Futebol.

Quando falam da “arena” – nunca entendi por que esse nome –, não falam das quadras do complexo, que serão demolidas junto com o estádio. Há possibilidade de o futebol do Sport, durante a obra, utilizar os Aflitos, o Arruda, o Lacerdão (em Caruaru), ou, até, a Arena da Copa (mais uma arena). Mas ninguém falou nada sobre os esportes ditos amadores.

A propósito: é Sport Club do Recife, e não, Football Club do Recife.

Pelo esporte nada?

Eleito presidente do Sport há dois dias, Gustavo Dubeux concedeu ontem, na Ilha do Retiro, sua primeira entrevista coletiva depois da eleição (para ver os principais pontos da entrevista, clique aqui).

Ele falou da construção de um centro de treinamento em parceira com o Banco BMG, patrocinador do futebol do Sport, falou que a estratégia de marketing de sua gestão se baseia em fortalecer a marca recuperando o sócio inadimplente, falou da construção, que deve começar, no máximo, em 2012, da arena para substituir o estádio da Ilha do Retiro, etc., etc. Mas não falou nada sobre esportes que também fazem parte da história do clube. Ou, pelo menos, ninguém perguntou nada a ele.

O Sport disputou as três últimas Superligas femininas de Vôlei, já foi várias vezes semifinalista da Liga Nacional feminina de Basquete, conquistou três títulos nacionais de Hóquei masculino adulto – sendo o atual campeão, inclusive –, venceu o brasileiro masculino de Futsal sub-17 e sub-20 este ano, tem um dos melhores centros para o Tênis de Mesa do Norte-Nordeste, formou atletas como Jaqueline e Dani Lins, da seleção feminina de vôlei, e Joanna Maranhão, maior nadadora brasileira desde Maria Lenk.

Tudo inútil, esquecido: o único esporte presente na coletiva foi o Futebol.

Quando falam da “arena” – nunca entendi por que esse nome –, não falam das quadras do complexo, que serão demolidas junto com o estádio. Há possibilidade de o futebol do Sport, durante a obra, utilizar os Aflitos, o Arruda, o Lacerdão (em Caruaru), ou, até, a Arena da Copa (mais uma arena). Mas ninguém falou nada sobre os esportes ditos amadores.

A propósito: é Sport Club do Recife, e não, Football Club do Recife.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Os melhores do Brasil

Sport e Português decidiram, há dois meses, o Campeonato Brasileiro masculino de Hóquei sobre Patins, no Recife. O título ficou com o rubro-negro, que, nas semifinais, havia eliminado o Sertãozinho, time que é referência de Hóquei sobre Patins no país.

Eis que, no Campeonato Pernambucano, o Português havia vencido o primeiro turno (antes do Brasileiro) e poderia ter se sagrado campeão estadual essa semana.

Mas, no jogo válido pelo segundo turno da competição, os times empataram em 2 a 2, no Português, na última terça-feira. Com o resultado, as equipes jogaram uma partida-extra para decidir o turno.

E na extra, ontem à noite, deu Sport 3 a 1.

Agora, Português e Sport se enfrentam em jogo único pelo título estadual. A partida será nesse sábado, às 10h, na quadra do Clube Português. O resultado pode coroar o ano do Hóquei do Leão ou dá revanche aos Lusos.

A uma do dodeca

Faz onze temporadas que o Português/Aeso vence o Pernambucano masculino adulto de Handebol. Faz cinco que não perde uma partida. E se vencer hoje, às 19h30, em casa, o Barrozo, o Português conquista, ao mesmo tempo, o dodecacampeonato e o hexa invicto.

Um lado dessa moeda é a superioridade inquestionável do Português no Handebol daqui. Além de ter jogadores convocados recente para Seleções Brasileiras – Zola e Welton, no masculino, Débora Hannah e Juliana Malta, medalhistas de bronze nas Olimpíadas da Juventude de Cingapura, em agosto – o clube tem vencido com certa regularidade os torneios nacionais que disputa.

Em 2010, o luso recifense se sagrou tricampeão brasileiro adulto (segunda competição mais importante do Handebol nacional, atrás apenas da Liga Nacional), foi vice- campeão da Copa do Brasil e foi campeão nacional Júnior, tudo no masculino. Já as lusas conseguiram o terceiro lugar no nacional juvenil e o vice-campeonato sub-15 dos Jogos Mundiais de Língua Portuguesa, em agosto.

(Só falta, agora, o Português/Aeso conseguir disputar a Liga Nacional, mas isso são outros quinhentos.)

O outro lado da moeda é que essa sequência de títulos demonstra que o Handebol Pernambucano vive só dessa equipe. Se nos últimos anos, até houve a inserção de times do interior no estadual, como Caruaru e Petrolina, isso ainda não foi suficiente para tirar o domínio da modalidade no estado das mãos dos lusos.

O ideal, a médio prazo, é que clubes de camisa – como Sport, Náutico e Santa Cruz – comecem a se interessar pelo Handebol também, para darem alguma graça ao estadual. Senão, o Português terá mais títulos à vista e nenhuma derrota por temer.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O tamanho da piscina curta

Que ninguém se empolgue se a delegação brasileira voltar do Mundial de Natação em Piscina Curta, em Dubai, largamente medalhada. A distância de 25 metros não tem a popularidade nem a importância da de 50. Um atleta que se destaca na meia piscina não será, necessariamente, um nadador de ponta na piscina inteira. Exemplo:

O britânico Mark Foster nadou cinco olimpíadas – de Seul/1988 a Pequim/2008. Era especialista nos 50m livre, mas também compôs os revezamentos 4x100 livre, em 1988 e 1992, e o 4x100 medley, em 1988. Embora Mark Foster seja o maior vencedor da história dos mundiais de 50m livre masculino em piscina curta – ouro em 1993, 1999, 2000 e 2004, prata em 1997, 2002 e 2008 – o mais perto que Foster chegou de uma medalha olímpica foi o sexto lugar individual, em 1992, e o sétimo nos revezamentos 4x100 medley em Seul e 4x100 livre em Barcelona.

(Para não ser injusto com Foster, é preciso dizer que ele foi prata nos 50m livre em piscina longa em 2003, perdendo para Alexsander Popov, mas batendo Pieter van den Hooogenband e Jason Lezak. E foi bronze nos 50m borboleta, em 2001, prova que não faz parte do calendário olímpico)

Posso ter usado um exemplo ruim, pouco conhecido do grande público – o que faz o exemplo ser bom, pois esses títulos não lhe renderam muita fama. Vamos ver o inverso.

Quantas medalhas o maior nadador da história tem em mundiais de piscina curta? Uma. Michael Phelps venceu os 200m livre em 2004 e foi só.

Outro: qual a relação de Popov com os mundiais de piscina curta? Curta. Uma participação apenas, em 2002 (com o apelo patriótico de ter sido em Moscou o campeonato) e apenas dois bronzes conquistados.

E Ian Thorpe? Só participou de um mundial curto.

Mas, e as mulheres?

Inge de Brujin só competiu em um mundial. Dara Torres, com idas e voltas ao esporte, nunca se interessou pelo evento. Britta Steffen, a mulher mais veloz do Cubo d’Água e do Foro Itálico, também não.

“Aí, então, é preciso ter cuidado”, como diz Vinicius de Moraes. O mundial tem relevância, sim, senhor.

Numa comparação torpe, é possível dizer que seja um campeonato do mesmo nível de importância do mundial indoor de Atletismo.

Além disso, alguns dos grandes nomes da natação de 2008 para cá, como César Cielo Filho (que já disputou um mundial curto, em 2004), Nathan Adrian, Alain Bernard, Frédérick Bousquets, Oussama Mellouli e Federica Pellegrini participam do campeonato, o que traz glamour a algumas provas – especialmente nas especialidades de Cielo, os 50 e 100m livre.

E um fator histórico deve ser levado em conta: é o primeiro mundial (seja lá de que tamanho for a piscina) sem os maiôs tecnológicos.

Daí, os olhos do público devem se voltar para Dubai. Muito embora, buscar previsões para os Jogos de Londres/2012 seja exagerado – isso fica para o mundial de Xangai, em julho do ano que vem, na piscina certa.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O roteiro

Não gosto muito de falar de futebol aqui no blog. Não é meu tema preferido. Até falei um pouquinho do futebol feminino, até já falei da campanha do Sport na Série B, até já falei da inclusão do Japão na Copa América do ano que vem, e falei até, dia desses, do Mundial Interclubes. Nada mais.

Devo admitir que gosto de escrever sobre o futebol das meninas. Vejo Marta e me lembro de Roseli. Penso nas duas gerações como pioneiras da modalidade por aqui e isso me dá ânimo, vontade, mesmo, de dissertar. Mas a versão masculina, de tão pisada e repisada por comentaristas e palpiteiros, me cansa. A mídia futebolística me cansa. Ronaldo está de saco cheio? Eu também.

O futebol me parece assunto esgotado, encerrado, que devia ser proibido na net e ficar só onde realmente conta: na genuína conversa jogada fora, descompromissada, sem esquemas táticos, sem pranchetas, sem o filosofismo barato e a mediocridade da auto-ajuda que paira como ciência na boca dos “professores” – pois ainda chamam treinadores de “professores”.

Hoje, contudo, depois que o Internacional foi eliminado pelo Mazembe, achei que eu deveria escrever alguma coisa sobre o jogo. Primeiro, pensei em dizer que “futebol é mesmo surpreendente” e ia usar o gancho-clichê para dizer que a soberba do Inter o derrotou. Para amenizar o tom, eu iria listar uma série de partidas históricas em que o inusitado entrou em campo e acabou com o jogo. Que nada, já devem ter feito isso mais rápido e melhor do que eu…

Depois, pensei em falar que o Mazembe mereceu a vitória, mas aí eu pensei que não tenho nenhum conhecimento técnico-tático-pedante para descrever o esquema de jogo dos africanos e enumerar os erros do sistema colorado.

O que eu sei é que, de agora até o fim dos tempos, toda vez que um time brasileiro se meter a ganhar a Libertadores e for para o Mundial, os programas de televisão vão castigar o espectador com os lances da partida de hoje. Aí, o comentarista, com a fala coberta pela comemoração esdrúxula do goleiro do Mazembe, dirá “é bom não pensar só no time europeu, pois antes há uma semifinal e, com certeza, o adversário nela pode pregar uma peça. Vejam o que aconteceu ao Inter”, etc.

O jornal publicará, ao lado do texto principal, que certamente vai ressaltar a chance única que o time tem para ser campeão do mundo, uma matéria com o técnico, título devidamente aspeado, na qual ele diz usar o Inter para evitar o já-ganhou. E nos sites não será muito diferente – o chamariz do “a chance é essa” e o alerta do “não se esqueçam do Inter”.

Depois dessa reflexão fajuta, de minha previsão óbvia e da vitória do Mazembe, concluo: a imprensa segue o roteiro; o futebol, para a sorte das mesas de bar, não.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Rússia se complica. França respira

Atual bicampeã do mundo e vice-olímpica, a Rússia está muito perto da eliminação no Europeu feminino de Handebol. Com a derrota de hoje, para a Dinamarca, o time russo, para sonhar com as semifinais, precisa vencer os próximos compromissos (Espanha e Romênia) e torcer para que as dinamarquesas sigam com aproveitamento perfeito, batendo as montenegrinas e as croatas. Em suma, ainda dá para passar, mas ficou difícil.

No outro grupo, com jogos ontem, a Noruega perdeu a invencibilidade para a Suécia, mas não parece correr grande risco de eliminação. Tudo indica que vai lutar pelo tetra – tetra legitimo, de quem levantou o título em 2004, 2006 e 2008.

Quem ainda respira é a França. O time vice-campeão do mundo ano passado venceu a Holanda, mas, com a primeira fase ruim que fez, só chega às semifinais, se os deuses do esporte e da matemática quiserem.

Resultados – 1ª rodada, II fase
Grupo I
Montenegro 22-20 Espanha
Romênia 31-22 Croácia
Dinamarca 26-20 Rússia

Classificação
1) Dinamarca – 6 pts
2) Romênia – 4 pts
3) Montenegro – 4 pts
4) Rússia – 2 pts
5) Croácia – 2 pts
6) Espanha – 0 pt


Grupo II
França 23-21 Holanda
Hungria 26-25 Ucrânia
Suécia 24-19 Noruega

Classificação
1) Suécia – 6 pts
2) Noruega – 4 pts
3) Hungria – 4 pts
4) Holanda – 2 pts
5) França – 2 pts
6) Ucrânia – 0 pt

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nórdicas 100%

Terminada a primeira fase do Europeu Feminino de Handebol, disputado na Noruega (atual tricampeã europeia e campeã olímpica) e na Dinamarca, o domínio tem sido total dos países nórdicos. Os dois países-sede do evento e a Suécia são os únicos times com três vitórias em três jogos. Nem a Rússia, atual campeã do mundo, escapou do perde-ganha e tombou, logo na estreia, diante de Montenegro.

Diga-se de passagem, a Rússia está com um time bem renovado, em relação às Olimpíadas de Pequim, com uma base muito parecida com a que perdeu para o Brasil, há algumas semanas, na Espanha.

Daqui a pouco, começa a segunda fase, com um duelo de invictos logo na primeira rodada – Suécia x Noruega, pelo Grupo II. O Grupo I só inicia os trabalhos na segunda-feira, com Dinamarca x Rússia logo de cara. Os dois melhores de cada grupo avançam para as semifinais, com os resultados entre os classificados de cada chave sendo acumulados da primeira fase. A decisão será no próximo domingo, dia 19.

Veja como foi a classificação da primeira fase e como ficam os grupos para a sequência da competição mais difícil do Handebol feminino.

I Fase

Grupo A
1) Dinamarca – 6 pts
2) Romênia – 4 pts
3) Espanha – 2 pts
4) Sérvia – 0 pt

Grupo B
1) Rússia – 4pts
2) Montenegro – 4 pts
3) Croácia – 4 pts
4) Islândia – 0 pt

Grupo C
1) Suécia – 6 pts
2) Holanda – 2 pts
3) Ucrânia – 2 pts
4) Alemanha – 2 pts

Grupo D
1) Noruega – 6 pts
2) Hungria – 4 pts
3) França – 2 pts
4) Eslovênia – 0 pt

II Fase

Grupo I
1) Dinamarca – 4 pts
2) Rússia – 2 pts
3) Montenegro – 2 pts
4) Romênia – 2 pts
5) Croácia – 2 pts
6) Espanha – 0 pt

Grupo II
1) Noruega – 4 pts
2) Suécia – 4 pts
3) Holanda – 2 pts
4) Hungria – 2 pts
5) França – 0 pt
6) Ucrânia – 0 pt

sábado, 11 de dezembro de 2010

Campanha eleitoral

Depois de Neymar pedir votos, esse semana, para seu gol contra o Santo André, na eleição do gol do ano, da Fifa, foi a vez da nadadora Ana Marcela Cunha também convocar, agora há pouco, o eleitorado pelo twitter. A eleição que a baiana disputa é da Open Water Source, como a melhor nadadora em mar aberto de 2010.

Este ano, Ana Marcela, que também concorre ao Prêmio Brasil Olímpico, venceu o circuito da Copa do Mundo de Maratona Aquática e terminou em 3º lugar no Mundial do Canadá, na prova dos 5 Km.

Até agora, a principal concorrente da brasileira é a irlandesa Anne Marie Ward, de 41 anos, que, em setembro, atravessou o Canal do Norte, estreito que separa Escócia e Irlanda do Norte.

Curiosamente, a italiana Martina Grimaldi, campeã mundial dos 10 Km, não está concorrendo.

Se você quiser votar em Ana Marcela Cunha, – ou em outra maratonista aquática –, o link é esse aqui.

O melhor Inter(clubes)?

É quase certo que o clube campeão mundial de futebol, este ano, vai ser o Internacional ou a Internazionale. Ou alguém acha que o Mazembe (do Congo) ou o Seongnam (da Coreia do Sul) pode preparar uma surpresa para os inter-favoritos, nas semifinais?

Mas a questão que eu proponho é outra: o campeão mundial de clubes, se for mesmo um dos dois gigantes, pode ser considerado o melhor time do mundo?

Sendo cretino o suficiente para esquecer a qualidade individual dos jogadores e do futebol das duas equipes, vou me ater a números e história recente (bem recente mesmo).

O time brasileiro terminou o campeonato nacional na sétima posição, há uma semana, 13 pontos atrás do campeão.

Já o time italiano está (por coincidência) na sétima posição do campeonato nacional, a dez pontos do líder. Além disso, na Liga dos Campeões da Europa, classificou-se para a segunda fase na segunda posição, atrás do Tottenham (apenas o quinto colocado no campeonato inglês) e terminou a primeira fase levando de 3 a 0 do Werder Bremen, que já estava eliminado.

Daí, posso dizer que o melhor time do mundo, com certeza, não será, sequer, o melhor time de seu próprio país. E posso ser mais cretino ainda.

No Brasileiro, o melhor time do returno foi o Grêmio, que terminou o campeonato na quarta posição. Grêmio de Porto Alegre – a mesma Porto Alegre do Inter.

No Italiano, ainda que com um futebol capenga, quem tem seis colocações e dez pontos acima da Internazionale é o Milan – da mesma Milão da Inter.

Então, se eu quisesse mesmo ser cretino, eu diria que, com certeza, o melhor time do mundo não será o melhor time de sua cidade. Ganhar o Mundial de Clubes não lhes assegura o título no campeonato de bairros.

Confusão nas semifinais leva a WO na decisão

Entrei em contato com o diretor técnico da Federação Pernambucana de Basquete, Rafael Estevão. Ele disse que a FPB puniu os jogadores do Sport que foram expulsos contra o Náutico, nas semifinais de terça-feira, com uma partida de suspensão. Assim, o Sport, com deficiência de elenco (foram nove jogadores punidos), decidiu não participar da primeira partida final, marcada para amanhã, contra a Católica. Dessa forma, o time universitário vence o jogo por WO e faz 1x0 na série decisiva – e o Sport perde a invencibilidade sem entrar em quadra.

Agora, Sport e Católica se enfrentam na próxima terça-feira, às 21h, na Ilha do Retiro. Se vencer, o Sport leva a série para o terceiro jogo. Se a Católica vencer, garante o tricampeonato.

Rafael, que também é o armador titular do time da Católica, disse também que ainda não há uma definição sobre uma possível punição a Neném, técnico-jogador do Náutico, pivô da confusão com torcedores do Sport.

Força decadente

Cuba não tem quadra para jogar na Liga Mundial de Vôlei, no ano que vem. O Coliseo, de Havana, não tem estrutura para hospedar eventos internacionais. A notícia está no site da UOL. Assim, o time de León vai enfrentar Itália, Coreia do Sul e França sempre no ginásio do adversário. É o final do fim do esporte na ilha.

O começo do fim foi em 2008. Depois de Fidel Castro se afastar da presidência do país, o esporte cubano começou a acompanhar o ritmo da economia nacional – abalada pelas décadas do insano bloqueio imposto pelos EUA. O reflexo disso foi que percebido já nos Jogos de Pequim.

Nos Jogos de Barcelona, em 1992, depois de Cuba boicotar as Olimpíadas de Los Angeles/84 e Seul/88, o país ficou em quinto lugar no quadro de medalhas, com 14 ouros no total – sua melhor campanha na história. Em Atlanta, quatro anos mais tarde, uma ligeira queda, com nove medalhas de ouro e o oitavo lugar no geral. Muito similar ao que ocorreria em Sydney/2000 (com 11 ouros e o nono lugar no quadro) e em Atenas/2004 (quando foram nove títulos olímpicos e o 11º lugar entre todas as nações do planeta).

Mas, em Pequim, depois da substituição de Fidel por Raúl Castro, no poder, a campanha cubana foi muito ruim. Foram apenas duas medalhas de ouro conquistadas (nenhuma no Boxe, a mina de ouro olímpica dos caribenhos) e uma distante 28ª posição no ranking. Foi a primeira vez desde 1992 que Cuba não foi a nação latino-americana mais premiadas nas Olimpíadas – perdeu para o Brasil, que, convenhamos, não é nenhum força olímpica.

Para ilustrar melhor a atuação de Cuba em Pequim, o país teve menos ouros do que Usain Bolt, da vizinha Jamaica.

Pelo jeito, as últimas moedas que Cuba guardou para o esporte estão acabando. Uma pena: o país era modelo esportivo para as nações com poucos recursos, mas essa crise mostra, apenas, que esporte precisa andar junto com dinheiro para ser de alto rendimento.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Inusitado: semifinal do basquete termina mais cedo

Uma confusão envolvendo o técnico-jogador do Náutico, Neném, e torcedores do Sport fez a partida entre os dois times acabar antes do tempo regulamentar, na noite da última terça-feira, na Ilha do Retiro.

O jogo era válido pelas semifinais do estadual masculino. Faltava 1min11s para o fim do jogo e o Sport por 72 a 59. A partida não era boa, diga-se, com muitos desperdícios de bola e arbitragem sem critério para marcação de faltas.

Três torcedores do time da casa, que passaram a partida inteira provocando jogadores alvirrubros, iam embora da quadra quando um jogador do Náutico esqueceu a partida e foi tomar satisfações com o trio. Poucas palavras depois, numa discussão rápida e ríspida, o atleta disparou uma cusparada na direção dos três, ao que um deles (aparentemente, o único maior de idade do grupo) devolveu a ofensa.

Então, Neném, treinador do time do Náutico, que havia jogado os últimos minutos do segundo e do último quartos do jogo, entrou em cena. Ele era o alvo preferido das provocações e teve de ser contido pelos atletas dos dois times para não pular a mureta que o separava dos torcedores.

Quando os torcedores saíram e tudo parecia apaziguado, Neném deixou a quadra em disparada, em direção ao estacionamento, querendo, ainda, brigar com os três – note-se que não havia, no ginásio, nenhum policial ou segurança do clube nem da federação. Vendo que a situação ficaria feia do lado de fora, jogadores do Náutico e do Sport correram para conter outra vez o treinador.

A situação só se acalmou de fato quando o carro dos torcedores deixou a Ilha do Retiro.

De volta à quadra, para os segundos restantes da partida, a surpresa: a arbitragem que não havia expulsado Neném e o outro atleta do Náutico no início da confusão, expulsou todos os que saíram para apartar a possível briga.

Neném, ainda na quadra, dizia que o único a ser punido deveria ser ele, e não os atletas das duas equipes. Mas foi em vão: nove rubro-negros e sete alvirrubros expulsos.

O comentário de Rildo Accioly, técnico do Sport, com alguém de seu próprio banco, resumiu o baixo nível da partida e a atitude insensata do adversário: “Brigar por causa de um jogo m.... desses”, disse o rubro-negro, que viu seu time voltar à partida com apenas três jogadores.

Na volta da partida, o Sport converteu dois lances livres e, a 56s do fim, o quinteto alvirrubro (os cinco jogadores que restaram), viu que não havia mais clima para o basquete e desistiu do jogo.

Final, Sport, classificado para a final do pernambucano, 74, Náutico 59. Se o jogo foi fraco, o desfecho foi uma mancha para o tão combalido basquete do estado.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Noite de Basquete no Recife

Para quem gosta de Basquete, uma boa pedida, amanhã, é ir para a Ilha do Retiro, acompanhar os segundos jogos das semifinais do estadual adulto masculino.

Às 19h30, a Católica precisa vencer o Cabo para evitar a eliminação e continuar sonhando com o tricampeonato – na primeira partida, sábado, no Cabo, o Cabo venceu por 67 a 64.

Em seguida, Sport/Ricardo Souto enfrenta o Náutico, bastando-lhe uma vitória para manter a invencibilidade e assegurar a vaga na final. Depois que o time rubro-negro venceu o alvirrubro apenas na segunda prorrogação, sexta-feira passada (89 a 82), é de se esperar outro jogo equilibrado entre os dois times.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um clássico, uma revanche

Começam hoje as semifinais do Pernambucano masculino adulto de Basquete. As vagas para a final serão decididas em séries melhor-de-três.

Daqui a pouco, nos Aflitos, o Náutico recebe o Sport/Ricardo Souto, time que venceu todos os jogos que disputou no torneio. Amanhã, no Cabo de Sto. Agostinho, Cabo e Universidade Católica iniciam a luta pela outra vaga à final. Esse confronto reedita a final do ano passado, em que a Católica conquistou o bicampeonato.

Os segundos jogos serão na próxima terça-feira, dia 7, na quadra da Ilha do Retiro, a partir das 19:30 horas.

Na fase de classificação, o Sport venceu o Náutico por 96-69 e 99-71. Já os confrontos entre a Católica e o Cabo terminaram com vitórias dos universitários (78-60 e 85-60).