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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Blankas nuvens



(Foto divulgação: IAAF.org)

Não há dúvida de que a melhor saltadora em altura do mundo seja a croata Blanka Vlasic. Ela é bicampeã do mundo, tanto em competições indoor quanto ao ar livre, e até poderia ter na estante a medalha de ouro de Pequim, não fosse a zebra belga, Tia Hellebaut, tê-la vencido no desempate – coube-lhe a prata.

Também não há dúvida de que ela seja a saltadora melhor qualificada para superar o recorde mundial da prova – 2,09m, estabelecido em 1987 pela búlgara Stefka Kostadinova. Há dois anos Blanka ficou a um centímetro do recorde e sempre que ela vence as adversárias, seu divertimento é continuar no estádio tentando derrubar Kostadinova do topo. Mas isso não tem se repetido esse ano.

O melhor salto do mundo em 2011 é da própria Vlasic, com 2,00m – marca obtida semana passada. Ocorre que ela tem sido derrotada em etapas da Diamod League com uma frequência inesperada.

Hoje, em Lausanne, ela ficou com o sexto lugar, depois de falhar em 1,95m. Em Nova Iorque, ficou em segundo, falhando em 1,94m. As vitórias da croata, Xangai e Roma, foram com marcas muito aquém do potencial da saltadora – 1,94 e 1,95m, respectivamente.

O Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, começa em 27 de agosto. Blanka é favorita ao tri. Já a marca de Kostadinova, pelo menos esse ano, parece a salvo: a croata tem competido cada vez mais com as adversárias do que com o livro de estatísticas.

Mundial com nova fórmula




Depois de o Brasil mudar quatro vezes a sede do Mundial feminino (primeiro, foi Santa Catarina, depois Santa Catarina e Paraná, depois apenas Santa Catarina novamente, e, por fim, São Paulo), foi a vez de a Federação Internacional de Handebol (IHF) fazer uma mudança também: a fórmula de disputa da competição é diferente da dos últimos mundiais.

Nos últimos quatro campeonatos, três de seis seleções de cada grupo se classificavam para a segunda fase. Nela, as 12 equipes eram divididas em grupos de seis times, os resultados da primeira fase dos jogos entre as seleções classificadas eram levados em conta e, daí, seguiam os times que disputariam os mata-matas (fosse quartas de final, como em 2007, fossem as semifinais, como em 2003, 2005 e 2009). Seja como for, havia duas fases de grupo.

No Mundial de São Paulo, não.

A primeira fase continua com as 24 seleções divididas em quatro grupos de seis equipes. A diferença é que se classificam os quatro primeiros de cada grupo e, a partir de então, todo jogo é eliminatório, das oitavas de final até a decisão.

De acordo com o site da IHF, a cidade de São Paulo é a sede de todas as partidas de quartas de final, semifinal e final. Cada um das quatro sedes – Barueri, Santos, São Bernardo do Campo e São Paulo – sediará duas partidas de oitavas de final. Mas, na primeira fase, não há indicação de que cada grupo terá sede própria. Ou seja, a primeira fase pode ser itinerante, a exemplo do que ocorre, hoje, com a Copa do Mundo de Futebol.

O calendário do Mundial feminino de Handebol está assim:

1ª fase – 24 times em quatro grupos – de 02/12 a 09/12
Oitavas de final (quatro melhores de cada grupo) – dias 11 e 12/12
President’s Cup (definição do 17º ao 24º lugar) – dias 11 e 12/12
Quartas de final – dia 14/12
Definição do 5º ao 8º lugar – dias 16 e 18/12
Semifinais – dia 16/12
Final e 3º lugar – dia 18/12

O sorteio dos grupos do mundial ocorre neste sábado, 2 de julho, às 21 horas, em São Bernardo do Campo, quando se definirem as donas das três vagas pan-americanas do mundial.

Brasil sem privilégio



Na teoria, não existem cabeças de chave no sorteio deste sábado, pro Mundial feminino de Handebol. Na prática, existem. E, o mais curioso, o Brasil, sede do evento, não está entre as cabeças.

As 24 seleções serão divididas em quatro grupos de seis seleções. Para o sorteio, as equipes estão divididas em potes. Na prática, as seleções do pote 1 são os times mais fortes, são os cabeças de chave: Rússia (atual bicampeão do mundo), Noruega (atual tetracampeã europeia e medalha de ouro em Pequim/2008), Suécia (atual vice-campeã europeia) e Romênia (terceira colocada no europeu do ano passado).

É curioso que Suécia e Romênia fiquem em posição melhor no sorteio que a França, vice-campeã do mundo há dois anos. As francesas estão no pote 2 e podem, perfeitamente, cair no grupo das russas ou da norueguesas. Interpretação lógica: a Federação Internacional de Handebol levou mais em conta o último torneio promovido pela federação europeia do que o último dela mesma.

O Brasil está no pote 3 e pode enfrentar qualquer time na primeira fase (das Américas, inclusive), exceto suas companheiras de pote Holanda, Croácia (vindas da repescagem europeia) e Angola (campeã africana). E diga-se: o Brasil só está nesse pote 3 por ser o país-sede, pois o time que vencer o pan-americano já está, automaticamente, no 4, junto com Coreia do Sul, Alemanha e Tunísia (esse pote até parece mais difícil, não?)

Uma observação pertinente é de que o Cazaquistão, que venceu o campeonato asiático, está no pote 2, ao passo que a Coreia do Sul, de seis medalhas olímpicas, incluindo os títulos de 1984 e 1988 e o bronze de Pequim/2008, está junto de seleções consideradas, no sorteio, de força menor.

Pote 1 – Rússia, Noruega, Suécia, Romênia
Pote 2 – Dinamarca, Cazaquistão, França, Montenegro
Pote 3 – Brasil, Angola, Holanda, Croácia
Pote 4 – Coreia do Sul, Alemanha, Tunísia, Campeão Pan-Americano
Pote 5 – China, Espanha, Costa do Marfim, Vice-campeão Pan-Americano
Pote 6 – Japão, Islândia, Austrália, 3º colocado do Pan-Americano

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mortal




A estreia do Brasil na Copa do Mundo não foi das melhores. O resultado, ao menos, não foi pior do que as outras estreias da seleção em mundiais. A exemplo do que aconteceu na China/1991 (1 a 0 Japão), Suécia/1995 (1 a 0 Suécia), EUA/1999 (7 a 1 México), EUA/2003 (3 a 0 Coréia do Sul) e China/2007 (5 a 0 Nova Zelândia), a Seleção Brasileira feminina estreou na Alemanha vencendo a Austrália.

O resultado magro foi do tamanho do futebol que as brasileiras jogaram, especialmente no primeiro tempo, quando quem pegava na bola procurava Marta imediatamente. Isso, até, era esperado. O que não se esperava era que a Rainha, hoje, jogasse mal – mal, é claro, no padrão que ela mesma nos acostumou a vê-la, porque ela buscou jogo o tempo todo, apesar da marcação cerrada que sofreu.

Diga-se, ainda, que, como time, a Austrália mostrou-se ligeiramente superior ao Brasil. Não seria absurdo, mesmo, que as Matildas saíssem com a vitória. Talvez tivessem vencido, se a atacante Lisa de Vanna não fosse tão pouco oportunista na frente do gol.

Mas, voltando às brasileiras, os destaques individuais foram poucos. Maurine fez uma boa partida pela esquerda. Rosana, depois de um gol bisonhamente desperdiçado na primeira etapa, mostrou mais vontade no segundo tempo (jogando mais recuada, inclusive), fazendo um gol de muita habilidade. E Cristiane foi, para surpresa geral de quem tem visto seus jogos pela seleção de dezembro pra cá, a melhor brasileira em campo.

Cristiane não foi brilhante, mas conseguia driblar as adversárias, se movimentou bem no segundo tempo e fez uma jogada primorosa no gol de Rosana.

Ela ainda não é a mesma Cristiane que terminou os Jogos de Pequim como artilheira. É, no entanto, uma Cristiane que pode ser a ótima coadjuvante que sempre foi da Rainha Marta ou, eventualmente, assumir o papel de protagonista no jogo. Como fez hoje, com uma jogada e um passe mortais.

Desatenção

A Federação Pernambucana de Futebol marcou a segunda e última partida da final do estadual feminino para o dia 17 de julho, às 15 horas. Não deve ter notado, porém, que a final da Copa do Mundo da Alemanha será às 15:45 horas, pelo horário do Recife. Se o problema foi desatenção da FPF, é só obedecer ao bom senso e mudar a data da final do Pernambucano, para privilegiar o torcedor do estado que realmente gosta da modalidade. Fácil, sem maiores traumas.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ruins de conta

O puxão de orelha é duplo.

A primeira orelha puxada é da Confederação Brasileira de Vôlei. Se as comissões técnicas das seleções brasileiras – masculina e feminina, diga-se – são conhecidas pelo auxílio estatístico que dão aos respectivos treinadores no estudo do jogo e na análise do adversário, é de ser admirar a tremenda bola na antena da CBV.

Na madrugada do domingo, dia 26, logo após a derrota contra os EUA, o site da entidade publicou que a seleção ainda tentaria garantir vaga na fase decisiva da Liga Mundial esta semana, contra a Polônia. Refeitas as contas, a correção veio na segunda-feira. Ao meio-dia, o site da confederação noticiou que o Brasil já estava classificado, dizendo, no entanto, que a classificação só veio no fim da rodada, quando os jogos dos outros grupos já haviam sido realizados.

Não foi assim.

No sábado à tarde, a Polônia venceu Porto Rico. À noite, os EUA fizeram 3-1 contra o Brasil. Com esse resultado, pelo possível desempate no set average, o Brasil só perde o primeiro lugar da chave para a Polônia, o que lhe dá, assim, a segunda vaga do grupo, classificação direta à fase final. Erro da CBV.

Certo, foi só um descuido, eu é que sou chato mesmo.

A segunda orelha puxada é da imprensa especializada.

Logo depois do jogo em questão, os portais nacionais de notícia lamentavam a chance de classificação desperdiçada:

“Em jogo nervoso, EUA vencem e adiam classificação do Brasil” (globoesporte.com)

“Brasil repete atuação, perde dos EUA e adia classificação” (ig.com.br)

“EUA vencem e adiam classificação brasileira na Liga Mundial” (terra.com.br)

“EUA vencem por 3 a 1 e adiam classificação do Brasil” (gazetaesportiva.net)

Até o blog de Bruno Voloch, na UOL, dizia, na manhã do domingo, 26, que “A seleção tem bola para se classificar contra a Polônia e certamente conseguirá.”

Compreendam: o problema, aqui, não está no erro matemático em si. A questão é que as correções nesses sites só ocorreram depois do release redentor da CBV. A investigação estava ao alcance de qualquer um e ninguém se preocupou em checar, de fato, se a matemática já não havia qualificado a seleção.

Esse equívoco é a repetição de uma confusão matemática ocorrida no Mundial feminino, ano passado.

Ao contrário da Liga deste ano, o primeiro critério de desempate não era o set average, mas o ponto average. Assim, quando o Brasil venceu os EUA por 3x1, na última rodada da segunda fase, houve quem dissesse que a Itália não tinha mais chances de chegar às semifinais. E tinha: bastaria às bambinas vencerem as cubanas por, digamos, um triplo 25/18 para que a vaga fosse delas. Mas a Itália perdeu o jogo e livrou a imprensa brasileira de maiores explicações.

A dez e mais dez




A Seleção Brasileira estreia nesta quarta-feira na Copa do Mundo feminina de Futebol, na Alemanha, mais dependente de Marta do que nunca. Isso preocupa.

Entre 2007 e 2008, quando a seleção entrava em campo com ares de favorita e pensando em decidir campeonato, os dribles de Marta, os gols de Marta e as arrancadas de Marta impressionavam. Mas também impressionava a potência dos chutes de longa distância de Daniela Alves e o oportunismo (e a habilidade, por que não?) de Cristiane. O trio de ferro levou a seleção a decidir uma Copa do Mundo e uma Olimpíada.

Quando Marta não estava num dia inspirado, como ocorreu nas quartas-de-final em Pequim, contra a Noruega, Daniela Alves mandou uma bomba da intermediária e abriu o placar. Quando Marta quase passou a primeira fase olímpica em branco, lá foi Cristiane fazer os gols que o time precisava.

Mas, agora, na Alemanha, o time só tem Marta.

Com Cristiane em má fase e Daniela Alves longe dos gramados há um bom tempo, a seleção de Kleiton Lima se resume a Marta, ofensivamente. Ao que parece, ainda não há, entre as novatas ninguém que possa dividir com a alagoana a responsabilidade ali na frente. E o que é pior: fico com a impressão de que todo mundo, a começar pelo treinador, se conformou com isso.

Quem viu a seleção jogar o torneio de São Paulo, no final do ano passado, e o amistoso contra o Chile, há algumas semanas, viu um time desorganizado, sem poder de marcação no meio-campo e na defesa, e com um ataque que reza para que a rainha jogue bola e resolva.

Não posso deixar de lembrar que, em 1994, tinha-se a mesma expectativa sobre Romário. Mas, diferentemente do time de Parreira, a defesa da seleção de Kleiton Lima é longe de ser boa, e não tem uma goleira que inspire confiança. Recordemos que Andréia, a provável titular contra a Austrália, começou as últimas olimpíadas no time principal, mas perdeu a vaga depois do segundo jogo, para Bárbara. Mas Bárbara, pelas falhas grotescas do amistoso contra a seleção pernambucana, também não está no melhor da forma (penso se, de repente, não pode pintar uma chance pra terceira goleira, Thaís).

Futebol surpreende? Que surpreenda mais uma vez.

Zebra em Pasto

Se a fase do Basquete Brasileiro masculino ainda não é das melhores, com estrela da NBA pedindo dispensa da seleção, a do feminino é bem ruim. Mas a terceira partida das meninas brasileiras, no sul-americano sub-17, foi pior do que qualquer má fase.

Jogando em Pasto, na Colômbia, as brasileiras foram derrotadas, agora há pouco, por 49-44 pelo time da casa, na prorrogação. Detalhe que, no primeiro quarto, o time comandado por Janeth Arcain fez cinco pontos. No quarto seguinte, apenas quatro. Ou seja, nos 20 primeiros minutos de basquete o Brasil só marcou 9 pontos. O jogo terminou empatado em 39 pontos, com a colombiana Marlyn Caicedo perdendo um lance livre a dois segundos do fim. No tempo extra, não teve perdão. A Colômbia dominou o placar e venceu por cinco pontos.

Na estreia, o Brasil havia vencido o Chile por 79-46. Depois, fez 92-25 no Uruguai. Agora, restam duas partidas à seleção nesta primeira fase: quarta, contra o Equador, e quinta, contra a Argentina.

domingo, 19 de junho de 2011

Ah, se fosse Londres...

Sem ufanismo, sem pachequismo, sem patriotada, sem empunhar com orgulho o Pavilhão Nacional, é preciso dizer que não pode passar em branco o bom fim de semana do esporte brasileiro.

Ontem, pelo GP de Natação de Santa Clara, nos Estados Unidos, Thiago Pereira bateu o norte-americano Ryan Lochte nos 400m medley. A ressalva é que o tempo de Thiago, 4min15s89, não foi lá essas coisas, mas o que valeu, aqui, foi a vitória em cima do favorito ao título olímpico e campeão do mundo.

No Mundial de Vôlei de Praia, em Roma, Juliana e Larissa conquistaram o título pela primeira vez, com uma virada fantástica no tie-break contra Walsh e May, a melhor dupla da história. No masculino, Emanuel e Alison, que haviam tirado a dupla campeã do mundo nas semifinais, Brinck e Rekermann, encabeçaram a dobradinha brasileira no masculino, deixando a prata com Ricardo e Márcio.

No Grand Slam de Judô, no Rio, o Brasil conquistou quatro ouros, com Érika Miranda (-52 Kg), Mayra Aguiar (-70 Kg), Leandro Guilheiro (-81 Kg) e João Gabriel Schilttler (+100 Kg). A observação a ser feita é que nem todas as categorias contaram com os melhores do ranking – mas isso acontece, também, nas etapas da Copa do Mundo e nas outras etapas do Grand Slam.

Não foi nada, não foi nada, e o fim de semana terminou com sete títulos importantes pro esporte nacional. Ainda falta quanto pra Londres, hein?

sábado, 18 de junho de 2011

Dois passos para trás

O Basquete masculino do Brasil não vai a uma Olimpíada desde 1996. Mas depois da onda de renovação pela qual o esporte tem passado no país, é de se supor que alguma coisa esteja mudando – e para melhor.

A NBB ainda não é um sucesso absoluto, mas já teve três edições e começou a flertar com a TV aberta. O Grego, que conseguia desagradar jogadores e clubes, deixou a CBB. Hoje, há quatro brasileiros na NBA e eles, em maior ou menor grau, têm sido utilizados em seus respectivos times – talvez só Splitter possa reclamar do tempo que seu time o deixava em quadra. E a Seleção, com técnico argentino e jogadores de alguma expressão internacional, fez um bom mundial na Turquia, com uma vitória sobre a Croácia e ótimas partidas contra EUA e Argentina. Parecia que alguma coisa estava entrando no eixo. Parecia.

Mas eis que a NBB retrocedeu. O namoro com a Globo roubou do basquete nacionaluma decisão em melhor de cinco partidas para a temporada que vem: em 2012, o campeonato será decidido em um jogo apenas, porque é demais pedir que a TV aberta transmita três, quatro ou cinco jogos de basquete – ainda que sejam jogos decisivos. Uma perda sensível de qualidade por trinta dinheiros.

E, ontem, um golpe profundo: Magnano convocou Larry Taylor para a Seleção e espera que ele consiga ser naturalizado (não tive como não pensar no Futebol do Catar querendo, recentemente, comprar a naturalização de Ailton, paraibano e artilheiro na Alemanha).

Não fui daqueles ufanistas que se posicionaram contra o argentino Magnano no comando da Seleção Brasileira. Acho que o trabalho dele pode servir de espelho para o próximo brasileiro que assumir o posto e, ainda, que ele, pelo currículo olímpico que tem (ouro em Atenas/2004) pode fazer o Brasil disputar a edição de Londres e, quem sabe, voltar de lá com uma medalha. Poderia.

Naturalizar um americano não é inédito no Basquete de alto nível. A Alemanha fez isso com Demond Greene e Chris Kaman. A Rússia fez isso com J.R. Holden, no masculino, e Rebecca Hammon, no feminino. Todos presentes em Pequim/2008. Mas isso não deveria servir de exemplo.

O perigoso caminho da naturalização pode não ter volta. Primeiro, descobriremos que é mais barato naturalizar um ianque do que investir nas categorias de base. Depois, os clubes descobrirão que é mais barato contratar jogadores de terceira ou quarta linha do Basquete Americano, pela grife, do que investir nos jogadores daqui, já que os melhores daqui vão para os states. E, talvez, em alguns anos mais, descobriremos que a Seleção Brasileira não sabe mais falar português. Pessimismo?

sábado, 4 de junho de 2011

Deu pro gasto

A Seleção Brasileira fez somente o necessário para vencer os poloneses pela Liga Mundial de Vôlei. O público que lotou o Maracanãzinho, na manhã deste sábado, não viu um bom jogo, mas deve ter voltado satisfeito para casa, com a atuação de Serginho e os surpreendentes últimos dois sets de Giba. O ex-melhor do mundo tinha uma atuação fraca, até que virou as duas últimas bolas no primeiro set. A partir daí, até em ataques pelo meio-fundo ele conseguiu pontuar. Arrisco dizer que ele foi o melhor do jogo, embora Vissotto tenha sido o pontuador máximo do duelo, com 20 pontos.

No mais, nada demais.

Porque João Paulo Bravo e os centrais demoraram muito a engrenar. E porque faltou a Bruno ousadia ou confiança para levantar pelo meio-fundo de quadra – a não ser, com Giba.

E porque a Polônia, renovada (ou desfalcada?) poderia ter vencido os dois primeiros sets, mas pecou na hora H. Resultado? Sai do ginásio sem ganhar um set.

Amanhã, às 10 horas, tem mais.