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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Tem de ler

A entrevista desta semana nas páginas vermelhas da IstoÉ (edição 2207) é com Magic Paula. Ela ataca a estrutura do COB, das confederações, reclama do amadorismo dos dirigentes do esporte nacional e fala do programa da Petrobras voltado para o esporte que ela administra. Ela acredita que, em Londres, este ano, o Brasil deve “manter ou diminuir o número de medalhas conquistadas em Pequim”.

Também lembrou que, nos Jogos de Atlanta/1996, a Seleção Brasileira feminhttp://www.blogger.com/img/blank.gifina de basquete, que chegou com status de campeã do mundo, “teve de arranjar uma costureira brasileira para ajustar o uniforme, porque ele era o mesmo do masculino”.

Ela conta, ainda, que precisou fazer terapia pra se acostumar à ideia de parar com o basquete e confessa: “a rivalidade Paula x Hortência me deixou com sequelas, me fez mal.”

“Uma das causas da grande demora da seleção em conquistar títulos foi porque eu e ela não conseguíamos separar isso (a rivalidade) quando estávamos ali. Cada uma carregava a camisa do clube”, diz a ex-jogadora, tão corajosa com as palavras quanto era habilidosa com a bola na mão.

O resumo da entrevista está aqui.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Youtube olímpico (II)

Essa semana, Daiane dos Santos disse que não suportava mais ouvir “Brasileirinho”, música que foi tema de sua coreografia no Solo talvez a invenção da roda. Houve um curto tempo em que a ginasta trocou a trilha sonora para “Isto aqui, o que é?” (o trecho mais famoso da composição, que é de Ary Barroso, diz “Isto aqui, ô, ô, é um pouquinho de Brasil, Iaiá”). E no pré-olímpico de Londres, mês passado, a música que embalou sua apresentação era caribenha. Entretanto, quando falarem de Daiane dos Santos daqui a 20, 30 anos, o Duplo Mortal Twist Carpado estará ao som de Brasileirinho mesmo.

O chorinho esteve presente nas duas Olimpíadas de que participo a mais importantes da maior ginasta brasileira da história. Em Pequim, Daiane já não tinha mais os holofotes da mídia nem as cobranças da torcida. Por isso, seu sexto lugar não causou muita comoção. Bem diferente de Atenas/2004, quando chegou com o selo de campeã mundial e terminou em quinto lugar.

Ainda hoje, é fácil encontrar na TV alguém reprisando as duas pisadas fora do tablado que a gauchinha dá na final em Atenas. O que pouca gente lembra é de sua apresentação nas eliminatórias – onde ela também quase pisou fora do quadrado no fim do último exercício. A nota que a classificou para a final – 9,637 – teria sido suficiente para lhe dar a prata. Foi a melhor série que Daiane apresentou numa olimpíada.

Veja, ao som de Brasileirinho, como foi o exercício que qualificou Daiane dos Santos para a final olímpica, há oito anos.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Lugar do confronto

foto: fivb.org (divulgação)


A federação de vôlei dos EUA anunciou, nessa sexta-feira, que a cidade californiana de Long Beach é a sede do pré-olímpico masculino da Norceca. O torneio terá oito equipes da América do Norte e Central, e classificará o campeão para as Olimpíadas de Londres e o segundo e terceiro lugares para os pré-olímpicos mundiais, em junho.

As seleções do Canadá, Costa Rica, México, Porto Rico, República Dominicana e Trinidad e Tobago vão tentar atrapalhar a vida de cubanos e norte-americanos, que são as que ambicionam realmente alguma coisa.

Desde que conquistaram o ouro em Pequim/2008, o time masculino dos EUA não desempenhou bom papel em nenhuma competição de que participou e jamais encontrou um substituto razoável pro levantador Lloyd Ball – que já disse que pretende voltar ao time para disputar os Jogos. Também é visível que titulares absolutos do time, como os atacantes Priddy e Stanley, não repetirão mais o vôlei que mostraram há quatro anos, o que deixa o ataque do time muito dependente do novato Matthew Anderson. Também está muito claro que a equipe sente falta do treinador vitorioso de há quatro anos, o neozelandês Hugh McCutcheon, que está com a seleção feminina.

Por outro lado, Cuba tem uma bastante geração promissora, que é, inclusive, atual vice-campeã mundial. Ocorre que alguns dos mais talentosos do time, como Leal, Simón e Hierrizuelo, não atuaram pela seleção no ano passado, como castigo por, supostamente, haverem planejado uma fuga para quando da Liga Mundial. Dos que restaram daquele time de 2010, León e Camejo são os maiores destaques e podem, se contarem com um bom campeonato do instável Hernandez, classificar a ilha para as Olimpíadas, fato que não aconteceu nas duas últimas edições.

O torneio da Norceca será disputado entre os dias 7 e 12 de maio.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pensou que ela não vinha mais, pensou?

Foto: iaaf.org


A musa fez-se de morta por muito tempo – aliás, muito mesmo. Depois de não conseguir nenhum salto válido na final do Mundial de Berlim/2009, o recorde mundial que Yelena Isinbayeva quebrou duas semanas depois, 5,06m, parecia ser o canto do cisne de sua carreira.

Foi quarta colocada no mundial indoor de 2010 e ficou o restante daquela temporada sem competir. Quando voltou, foi para terminar o mundial de Daegu numa frustrante sexta posição. E ainda via o crescimento das rivais – especialmente, o de Fabiana Murer, campeã da Diamond League e mundial indoor em 2010 e outdoor ano passado.

Pois não é que Isinbayeva quebrou hoje, no meeting de Estocolmo, o recorde mundial indoor? Com 5,01m, ela ratifica a condição de única mulher a saltar com vara acima dos 5m, a única a estabelecer recordes mundiais nos últimos dois ciclos olímpicos e retoma a condição de favorita ao ouro em Londres, que pode ser o terceiro da russa. Se ela já era musa, agora, também é fênix.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Jamaica abaixo de 9,9

Foto: iaaf.org

Se você não se lembra de Nickel Ashmeade ou nunca ouviu falar dele, tudo bem. Pelo menos, por enquanto. Ele é jamaicano, já correu os 200m rasos em 19s91 e, ano passado e foi quinto colocado no Mundial de Daegu nessa distância. Ashmeade vai completar 22 anos em abril e, de momento, se pensa em estrear em Olimpíadas já em agosto, deverá concentrar energia na meia pista mesmo. Isso porque seu tempo nos 100m rasos ainda é obsoleto. Sua melhor marca, os 9s96 que conseguiu em 2011, no meeting Clemont (EUA), o deixou na modesta sétima posição do ranking jamaicano da temporada.

A comparação é dolorosa mesmo: o recorde brasileiro e sul-americano masculino dos 100m rasos – 10s00, de Robson Caetano – é inferior ao tempo do sétimo homem mais rápido da Jamaica em 2011.

Incrivelmente e graças a um trabalho bem feito e a uma das melhores gerações de velocistas da história do atletismo, a Jamaica possui seis homens que, em 2011, foram capazes de correr os 100m rasos abaixo dos 9s90. Desses, quatro teriam conquistado a medalha de ouro em qualquer olimpíada anterior a Pequim/2008 (e qualquer um dos seis teria ficado com a prata nesses Jogos), só com o tempo obtido na última temporada.

O resultado disso é que, quando Bolt queimou a largada em Daegu, a medalha de ouro mudou de pescoço, mas o hino não mudou de acorde. Bastou um Yohan Blake.

E o mais curioso é que, mesmo campeão mundial, Blake foi apenas o quarto jamaicano mais rápido do ano – Usain Bolt, Asafa Powell e Steve Mullings foram mais rápidos do que o campeão do mundo.

Se, pelo que se viu ano passado, o revezamento jamaicano estiver escalado, pela ordem, com Blake, Mullings, Bolt e Powell, só uma zebra tira o ouro dessa turma em Londres. Porque, na prova individual, já ficou provado que uma zebra só é muito pouco para o ouro não tomar o caminho de Kingston. O caminho mais rápido do mundo

Ranking Mundial – 100m rasos masculino – 2011

1) Usain Bolt (JAM) – 9s76
2) Asafa Powell (JAM) – 9s78
3) Tyson Gay (EUA) – 9s79
4) Steve Mullings (JAM) – 9s80
5) Yohan Blake (JAM) – 9s82
6) Mike Rodgers (EUA) – 9s85
7) Richard Thompson (TTO) – 9s85
8) Michael Frater (JAM) – 9s88
9) Ngonidzashe Makusha (ZIM) – 9s89
10) Nesta Carter (JAM) – 9s89

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Se, e somente se


Foto: blog de Hugo Pessanha

A Federação Internacional de Judô (IJF) atualizou o ranking hoje. Na categoria até 90 Kg, Hugo Pessanha é o sétimo colocado, com 920 pontos, ao passo que Tiago Camilo está em nono, com 886. Se, contudo, nenhum dos dois lutar até o dia 30 de abril, data em que se definem os classificados pras Olimpíadas no judô, Pessanha terá sido ultrapassado por Camilo, graças aos descartes do intrincado sistema de pontuação que a IJF estabeleceu.

Ocorre que, de fato, ainda existe um, e somente um, torneio em vista – a Copa Pan-Americana do Canadá, entre 26 e 29 de abril. Um título de Pessanha o classificaria pros Jogos. O problema é que, como cada país só pode mandar ao Pan um, e somente um, atleta em cada categoria, a CBJ já havia definido que não mandaria quem ainda estivesse disputando vaga olímpica com outro judoca brasileiro. Sensato.

Mas, se, e somente se, a convenção da CBJ estiver valendo, a vaga já é de Camilo. Concordam? Já que não vai ninguém (nem Luiza) pro Canadá, Tiago Camilo vai pra Londres. Portanto, se, e somente se, isso já está definido, não é hora de a própria CBJ rever o conceito e mandar Camilo pro Pan?

Explico.

Tiago Camilo é o nono do ranking. Levando-se em conta só os que devem ir ás Olimpíadas, ele, hoje, seria em quinto. Já que esse ano a IJF resolveu usar o sistema de cabeças de chave para os Jogos, seria interessante que o brasileiro ficasse entre os quatro primeiros do ranking (um título pode até deixá-lo em terceiro) pra, eventualmente, só pegar o japonês que conseguir a vaga (três ainda a disputam ferozmente) ou o campeão mundial e ex-campeão olímpico, o grego Ilias Iliadis, numa semifinal.

Se, e somente se, a vaga de Camilo for confirmada, será a terceira olimpíada dele na terceira categoria diferente. Foi prata em Sydney/2000 na -73 Kg e bronze em Pequim/2008 na -81 Kg. E pode ser o único judoca a conseguir três medalhas em três categorias diferentes.

Concorrência desleal


(Foto: João Batista Jr.)

O calendário das regatas do Pernambucano de remo deste ano previa a quinta e última regata para o dia 12 de agosto.

Desatenção dos dirigentes: enquanto os barcos estiverem subindo o Capibaribe rumo ao Marco Zero, no Recife, os olhos do mundo do esporte estarão voltados para o último dia olímpico de competições, em Londres. Se a regata começar às 9h, como sempre começa, deverá coincidir com o horário da final do vôlei masculino – final que teve a presença brasileira nas duas últimas edições.

Por e-mail, o presidente da Federação Pernambucana de Remo, Ricardo Serrano, disse que “como dependemos da maré para efetuar qualquer mudança, vamos nos reunir na Federação com nosso departamento técnico, para estudarmos o caso”.

Náutico, atual bicampeão do estado, e Sport são os únicos clubes que ainda remam no estado. Na primeira regata, no dia 5 deste mês, deu Sport. A próxima está marcada para 18 de março.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Doha/2020 só em outubro

Candidata a sediar os Jogos Olímpicos de 2020, Doha, no Qatar, quer que as disputas fujam do calor intenso do verão e se abriguem no outono, no mês outubro. Não seria a primeira vez que as Olimpíadas de Verão ocorreriam noutra estação. Em Sydney/2000, por exemplo, os Jogos, de 15 de setembro a 1º de outubro, coincidiram com o fim do inverno e começo da primavera no hemisfério sul. Doze anos antes, Seul, no hemisfério norte, recebeu a chama olímpica no final do verão e começo do outono, entre 17/set e 2/out. Isso são apenas os casos mais recentes, porque, por exemplo, a Cidade do México, em 1968, recebeu as disputas num mês de outubro.

A mesma preocupação os catarianos têm em relação à Copa do Mundo de Futebol que vão sediar em 2022. Nesse caso, há quem fale, até, em antecipar o calendário de disputas pra janeiro ou adiá-lo pra dezembro. Outro evento esportivo que sofre com o calor é a etapa do Qatar de MotoGP, que faz a corrida ser noturna.

Além de Doha, Istambul, Baku, Madrid e Tóquio são as candidatas aos Jogos de 2020. Curiosamente, Tóquio, única dessas cidades que já hospedou uma Olimpíada, quando o fez, em 1964, o fez no mês de outubro.

A escolha da sede está marcada para o dia 7 de setembro do ano que vem, em Buenos Aires.

Do chão

(foto: Reuters)

O Comitê Olímpico Internacional lançou, com nota no site e tudo mais, a pedra fundamental de um centro esportivo em Porto Príncipe, capital do Haiti. O COI promete – embora não diga como nem, principalmente, com quanto – ajudar o Comitê Olímpico Haitiano e o governo local a erguer, até 2014, um complexo com campo de futebol, pista de atletismo, quadras de handebol, basquete, vôlei e tênis. Na cerimônia, parece que ninguém falou em orçamento e verba, mas o mexicano Mario Vázquez Raña, presidente da Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais, falou em “beneficiar a juventude haitiana”.

Com as urgências que tem o Haiti, que devastado por décadas de Papa Doc, uma economia incipiente, caos social e um terremoto há dois anos, é certo que a menor de suas preocupações seja o esporte. Qualquer centavo estatal deveria, primeiro, ter obrigações morais e materiais com a moradia de quem perdeu o pouco que lhe restava.

Por outro lado, esquecendo o alto rendimento, o esporte é um vetor de saúde, educação, lazer e cidadania. Na terra de ninguém em que o país se tornou, a prática esportiva pode ser um bom exercício (talvez não o melhor, e certamente não o único) de convivência e tolerância, além de uma alternativa para quem, como a extensa maioria de seus jovens, só conheceu a criminalidade ou a desumanização.

Se o governo haitiano estiver pensando assim e o COI entender que a grana por lá tem outras prioridades, o esporte, se conseguir driblar a corrupção do país, pode ser o início de um longo processo de reconstrução nacional, ainda que seja casa que se levante pelo teto.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O basquete do economista e o espírito do capitalismo




De duas semanas pra cá, o nome do esporte americano (mundial também?) é o de Jeremy Lin. O cara não chega a ser exatamente um novato, já que o site da NBA informa que, na temporada passada, ele disputou 29 jogos pelo Golden State Warriors, com uma média tímida de 2,6 pontos por partida e 1,4 de assistências. Nada extraordinário. A novidade em si é o basquete que ele tem apresentado em seu novo time, o New York Knicks.

Neste ano, ou melhor, nas últimas oito partidas, o armador assumiu a titularidade do time e, com uma média (quase inimaginável, para alguém nessa posição) de 24,6 pontos por jogo, ele levou a equipe a sete vitórias consecutivas – sequência só interrompida anteontem, pelo New Orleans Hornets. Sorte dos Knicks, que capengavam e, agora, acreditam na classificação pros play-offs? Sim. Mas sorte, sobretudo, da NBA.

Depois de uma greve que cancelou 16 rodadas e no meio de uma crise que atinge frontalmente o capitalismo global, a NBA encontrou em Jeremy Lin a salvação. A história dele rende espaço na mídia, rende assunto nas redes sociais da internet, vende camisas, vende ingressos, vende propagandas e vende, até, o ideal do sonho americano. Vejam se não vende?

“Economista formado em Harvard (faculdade que é o sonho de consumo de personagens dos filmes ianques) e filho de imigrantes taiwaneses (“América, Terra da Oportunidade”? É isso?), Jeremy Lin, depois de um ano sem muito brilho num time pequeno, foi para os Knicks, da gigantes New York. Quando a temporada parecia perdida para a franquia, ele se torna titular e muda a história do time no campeonato”.

Acrescentem aí umas cenas de estigma em Harvard, por ele jogar basquete, algum trote pesado em Golden State, por ele ser um nerd, uns olhares de desconfiança em Nova Iorque, por ninguém nunca ter ouvido falar nele, uma cena tocante em que ele, num treino, convence o coach de que merece uma chance no time e está pronto! O filme vai ser um sucesso e o roteiro vai concorrer ao Oscar (ou, pelo menos, vai passar na Sessão da Tarde).

Duvido que, mesmo em Harvard, o agora economista Jeremy Lin suspeitasse que fosse ser um soldado tão bom do capitalismo. Ele trouxe fôlego novo ao show do basquete, mesmo em tempos de crise, e garantiu que a NBA, mesmo depois de uma paralisação, continue sendo relevante (em termos comerciais, que fique claro, pois esphttp://www.blogger.com/img/blank.gifortivamente a liga sempre teve e continuará tendo importância).

E se o jogo dele cair? E se os Knicks não chegarem aos play-offs? E se, no ano que vem, ele voltar ao ostracismo da reserva e, depois, aparecer num escritório qualquer, prestando consultoria a alguma multinacional? Não tem problema: a NBA, os Knicks e os torcedores procuram outro pra seu lugar.

Porque o capitalismo é assim mesmo, o espírito é esse. O consumo precisa de uma boa história pra vender (o capitalismo pariu a publicidade) e Jeremy Lin é a história da vez.

Obs.: a pauta dessa crônica me veio nesse texto do blog Bala Na Cesta, da UOL, de Fábio Balassiano.

Não era zebra

O vôlei da Coreia do Sul vive dias tenebrosos. A promotoria militar – sim, militar – de Daegu investiga uma denúncia de manipulação de resultados da V-League em partidas no período de 2009 a 2011. Entre atletas e ex-atletas, 15 pessoas já teriam sido ouvidas na investigação. Três jogadores (dois deles aposentados) e um corretor de apostas estão presos desde o último dia 8.

As suspeitas recaem sobre alguns jogadores do time masculino do Seongnam Sangmu, que teriam sido aliciados por apostadores nessas temporadas. A equipe é formada por jogadores alistados nas Forças Armadas do país. Com o escândalo, os militares resolveram retirar a equipe da competição a dez rodadas do fim do nacional. Essa decisão abrangeu, inclusive, o time feminino.

A última vez que o vôlei coreano esteve numa Olimpíada foi com as mulheres, em Atenas/2004 – o masculino não vai desde os Jogos de Sydney/2000. É nítido que a modalidade no país, que um dia foi famosa por seus treinadores ásperos e seus jogadores com capacidade infinita de defesa, segue na contramão do desenvolvimento do esporte na Coreia do Sul.

Se a única medalha olímpica que o vôlei de lá possui é um bronze feminino em Montreal/1976, o vôlei não tem feito falta aos coreanos, que, nas duas últimas olimpíadas, figuraram entre os dez primeiros do quadro geral de medalhas. Não será surpresa se um escândalo como esse sepultar, de vez, o vôlei no país.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Youtube olímpico

Final dos 800m rasos masculino em Seul/1988. Os brasileiros Joaquim Cruz e Zequinha Barbosa, juntos com o queniano Nixon Kiprotich, ditam o ritmo da prova desde a largada. A impressão que dá é de que Zequinha e Joaquim, campeão em Los Angeles/1984, subirão ao pódio.

A 250 metros do fim da prova, Zequinha Barbosa dá sinal de cansaço e o pelotão de trás se aproxima. No inicio da curva final, Kiprotich também diminui o ritmo e Joaquim Cruz inicia uma arrancada que parece levá-lo ao bicampeonato.

No entanto, Paul Ereng, que era o penúltimo no início da última volta e o quarto colocado a 100 metros do final, sai do caixote imposto por Joaquim Cruz e pelo britânico Peter Elliott, e ultrapassa o brasileiro espetacularmente nos últimos, sei lá, 50, 60 metros.

Dois oito finalistas daquela prova, apenas dois deles – Zequinha Barbosa e o italiano Donato Sabia – encerrariam a carreira sem conseguir uma medalha olímpica.

OURO – Paul Ereng (Quênia)
PRATA – Joaquim Cruz (Brasil – campeão olímpico dos 800m em Los Angeles/84
BRONZE – Said Aoita (Marrocos) – campeão olímpico dos 1500m em Los Angeles/84
4º - Peter Elliot (Grã-Bretanha) – prata nos 1500m em Seul/88
5º - Johnny Gray (EUA) – bronze nos 800m em Barcelona /92
6º - Zequinha Barbosa (Brasil)
7º - Donato Sabia (Itália)
8º - Nixon Kiprotich (Quênia) – prata nos 800m em Barcelona/92

O áudio da gravação (uma preciosidade, diga-se, postada no youtube pelo usuário Nilsondm, com narração de Luciano do Valle e comentário de Álvaro José) está muito baixo. Portanto, não tenha medo: coloque o volume no ponto máximo e aprecie um dos grandes momentos do atletismo nas Olimpíadas de Seul/1988.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Caderno de saúde




Noticiário esportivo. Certo?

Basquete
Anderson Varejão teve uma fratura detectada na mão direita e ainda não sabe quando vai atuar de novo pelo Cleveland Cavaliers.

Ginástica
Com ombro lesionado, Diego Hypólito não foi ao pré-olímpico e diz que fará o possível pra adiar cirurgia e poder competir em Londres.

Judô
Tiago Camilo sofre lesão no ombro e só vai para as Olimpíadas, se Hugo Pessanha não conseguir os pontos necessários para conseguir a vaga olímpica.

Vôlei
Por causa de uma fratura por stress, Giba vai operar a tíbia e não atua mais nesta Superliga. *** Depois de nova cirurgia pra retirar, em dezembro, um tumor da perna esquerda, Natália ainda não voltou às quadras.