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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Campeonato secreto

Não há nada sobre o assunto no site da Confederação Brasileira de Vôlei. Portais de notícias, sites especializados e blogueiros (este, inclusive) também calaram. Mas hoje, com largo atraso, encontro a notícia publicada no último dia 15, no site da Federação Internacional de Vôlei (FIVB): o Brasil vai sediar o Mundial Júnior masculino de Vôlei este ano. As cidades-sede são Rio de Janeiro e Campo Grande.

Esta é a segunda vez que o Mundial masculino até 21 anos é disputado no país. A primeira vez foi justamente na estreia da competição, em 1977. Na ocasião, o título ficou com a antiga União Soviética, cabendo ao Brasil a terceira posição – a China, com a prata, completou o pódio.

A luta brasileira pelo quinto título, terceiro consecutivo, começa dia 1º de agosto. A competição contará com 16 seleções e a final será no dia 10 de agosto.

P.S.: se alguém encontrar um link com essa notícia em alguma página brasileira, eu assumo a barrigada, retiro o puxão geral de orelha e publico aqui.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Novas remadas

O Campeonato Pernambucano de Remo deste ano começa no próximo domingo, dia 20. A exemplo do ano passado, o estadual será uma disputa exclusiva entre Náutico, atual campeão, e Sport, que dominou as competições no estado entre 1985 e 2009.

De acordo com a Federação Pernambucana de Remo, este ano serão disputadas seis regatas, todas com previsão de 11 provas, sendo duas delas na categoria Master e as demais, em provas de categorias de base, divididas por faixa etária. Em cada prova, os clubes podem inscrever, até, duas embarcações. O detalhe é que as provas dos Masters não contam pontos para a classificação do Pernambucano.

A definição do título se dá na soma da pontuação obtida em cada prova e em cada regata. O clube vencedor de uma prova soma quatro pontos, o segundo colocado, dois, e o terceiro, um. Já o clube que vencer a regata – que é o cômputo geral das provas disputadas naquele dia, exceto entre os masters – ganha uma bonificação de três pontos.

Com competidoras solitárias nas categorias Duplo Skiff, na categoria Júnior feminino, e Skiff Individual, na Novos Talentos feminino, o Náutico larga à frente, na luta pelo bi. Além disso, nas provas de Skiff Individual, categoria Novos masculino, e Duplo Skiff, Novos masculino, são dois barcos alvirrubros contra um rubro-negro.

A única vantagem numérica do Leão sobre o Timbu é na prova do Skiff Individual, categoria Novos feminino, quando o Sport terá dois barcos contra um do rival.

A disputa da primeira regata começa às nove da manhã, deste domingo. A linha de chegada das provas será no Marco Zero, no Recife. As demais regatas estão marcadas para os dias 27 de março, 1º de maio, 11 de junho, 24 de julho e 9 de outubro.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Socorro providencial

O Estado de Santa Catarina escapou do que seria um fiasco histórico. Depois de anunciarem que sediariam sozinhos o Mundial feminino de Handebol, em dezembro deste ano, os catarinenses descobriram que não tinham rede hoteleira suficiente para hospedar as delegações nem ginásios o bastante com condições para as disputas. Sob risco de o Brasil perder o evento, o socorro veio do Paraná, que vai co-sediar o campeonato e salvou o vizinho de uma situação embaraçosa.

O Mundial será disputado por 24 equipes, divididas, na primeira fase, em quatro grupos de seis times. Pelo acerto entre os dois estados, o grupo que abrigar a Seleção Brasileira jogará em Curitiba na primeira fase, enquanto todo o restante da disputa será disputado em Santa Catarina. Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú, Itajaí e Jaraguá do Sul devem ser as sedes do lado catarinense.

A abertura do Mundial será no dia 2 de dezembro, na estreia do Brasil em partida isolada. A final, no dia 18, deve ser na Arena Jaraguá, em Jaraguá do Sul (cidade famosa pelo futsal da Malwee, que contou, até ano passado, com Falcão no elenco), por ser o ginásio de maior capacidade do estado. A entrada para todos os jogos é franca.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A hora do Handebol

Terminar o mundial em 21º lugar não anima ninguém. O handebol masculino do Brasil repetiu a posição do campeonato de 2009 e isso significa dizer, vendo a situação a olho nu, que não houve evolução alguma nesse biênio. Pelo menos, dentro de quadra.

A ressalva tem motivos óbvios. E midiáticos.

Jamais houve um campeonato de handebol com tanta visibilidade no país. O Bandsports, na TV fechada, e o Esporte Interativo, na aberta e na internet, fizeram uma transmissão digna, por exemplo, do que se viu nos mundiais de basquete e de vôlei, do ano passado – pelo menos, em termos de transmissões em direto.

A exibição ao vivo e diária de duas ou três partidas, incluindo todas as da Seleção Brasileira na primeira fase, fizeram a alegria de um dos espectadores mais carentes do esporte nacional, o Amante do Handebol – com as devidas maiúsculas.

Acostumado a acompanhar VTs de partidas realizadas um mês atrás, o torcedor de handebol que tivesse TV por assinatura pôde escolher, certa vez, se assistiria à França dar uma surra na Tunísia ou à Islândia encarar a Hungria.

Por 17 dias, os gols de Hansen, as defesas de Omeyer e o contra-ataques de Zrnic se tornaram trivialidades nas redes sociais e artigo de inveja (de boa inveja) para quem quer ver o esporte das bandas de cá do Atlântico se expandir. Se o handebol da seleção foi pífio, o nível dos estrangeiros foi um imenso atrativo para quem quer tomar gosto pelo jogo. Nunca a mídia fez tanto pelo handebol.

Ainda não se sabe se a TV brasileira vai ter transmissão de algum campeonato europeu ou se a TV aberta vai, finalmente, exibir a Liga Nacional. Mas um passo importante foi dado e, com o mundial feminino batendo à porta, em Santa Catarina, não parece que vai haver retrocesso nesse avanço, pelo menos a curto prazo.

A chance de fazer o Handebol Brasileiro crescer é essa. A chance de formar uma geração que gosta do Handebol é essa. A chance de se tornar independente do investimento estatal e de captar patrocinadores é essa. Tolice da mídia é regredir. Tolice de quem dirige o esporte é não aproveitar.