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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mortal




A estreia do Brasil na Copa do Mundo não foi das melhores. O resultado, ao menos, não foi pior do que as outras estreias da seleção em mundiais. A exemplo do que aconteceu na China/1991 (1 a 0 Japão), Suécia/1995 (1 a 0 Suécia), EUA/1999 (7 a 1 México), EUA/2003 (3 a 0 Coréia do Sul) e China/2007 (5 a 0 Nova Zelândia), a Seleção Brasileira feminina estreou na Alemanha vencendo a Austrália.

O resultado magro foi do tamanho do futebol que as brasileiras jogaram, especialmente no primeiro tempo, quando quem pegava na bola procurava Marta imediatamente. Isso, até, era esperado. O que não se esperava era que a Rainha, hoje, jogasse mal – mal, é claro, no padrão que ela mesma nos acostumou a vê-la, porque ela buscou jogo o tempo todo, apesar da marcação cerrada que sofreu.

Diga-se, ainda, que, como time, a Austrália mostrou-se ligeiramente superior ao Brasil. Não seria absurdo, mesmo, que as Matildas saíssem com a vitória. Talvez tivessem vencido, se a atacante Lisa de Vanna não fosse tão pouco oportunista na frente do gol.

Mas, voltando às brasileiras, os destaques individuais foram poucos. Maurine fez uma boa partida pela esquerda. Rosana, depois de um gol bisonhamente desperdiçado na primeira etapa, mostrou mais vontade no segundo tempo (jogando mais recuada, inclusive), fazendo um gol de muita habilidade. E Cristiane foi, para surpresa geral de quem tem visto seus jogos pela seleção de dezembro pra cá, a melhor brasileira em campo.

Cristiane não foi brilhante, mas conseguia driblar as adversárias, se movimentou bem no segundo tempo e fez uma jogada primorosa no gol de Rosana.

Ela ainda não é a mesma Cristiane que terminou os Jogos de Pequim como artilheira. É, no entanto, uma Cristiane que pode ser a ótima coadjuvante que sempre foi da Rainha Marta ou, eventualmente, assumir o papel de protagonista no jogo. Como fez hoje, com uma jogada e um passe mortais.

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