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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Se deu mal


(foto: eurohandball.com)


O treinador da Seleção Russa feminina de handebol, Yevgeny Trefilov, é conhecido pelo mau humor truculento com que comanda as meninas em quadra, independentemente do placar do jogo. No mundial do Brasil, em dezembro, chegava a discutir com jornalistas durante as entrevistas coletivas. Diante das câmeras, ele parece sempre ranzinza, bravo... bom, pra quem acompanha minimamente o handebol internacional, dispensa-se apresentá-lo.

Encontrei, por acaso, um vídeo recente de Trefilov. Quem o vê com tanta aspereza nos jogos da Rússia pode imaginar que ele seja temido (não me refiro ao lado esportivo) pessoalmente; pode acreditar que ele seja um cara que imponha medo pelo porte físico e pelo jeito pouco sutil de reclamar com suas atletas. Mas vê-se aqui que não é. Pelo menos, seu colega Alexei Gumyanov não tem medo dele.

Fim de jogo, o Lada, de Trefilov, venceu o Kuban por 35-26. Enquanto as jogadoras se cumprimentam monotonamente em quadra, Gumyanov, derrotado, reclama na mesa de arbitragem e o técnico oponente espera para cumprimentá-lo também. Aparentemente, Gumyanov se recusa a apertar a mão do vencedor, que, dizem, lhe disse algo desagradável - nem quero imaginar o sentido que tenha "desagradável" numa discussão com Trefilov. Aí, Gumyanov, que é bem menor do que o outro, tomou uma atitude extrema, um atentado, diga-se, ao espírito esportivo. Dê uma olhada:



A partida foi disputada no dia 10 deste mês. Yevgeny Trefilov quebrou o nariz e foi suspenso por três jogos da Liga Russa de Handebol. Alexei Gumyanov pegou cinco jogos de gancho. A justificativa da punição para ambos, segundo o ex-goleiro russo Andrey Lavrov, é simples. "Handebol não é hóquei", sentenciou o agora dirigente esportivo. Nem boxe, complete-se.

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