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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Olhos abertos


(foto: zimbio.com)

Ninguém duvidava que Usain Bolt se classificasse para defender, em Londres, os títulos dos 100 e 200m rasos. E suas marcas nas seletivas jamaicanas não foram nada desprezíveis - 9s86 e 19s83, respectivamente. Entretanto, o que deve estar tirando o sono do jamaicano é que esses tempos não foram suficientes para bater seu compatriota Yohan Blake.

É claro que o importante numa seletiva olímpica é a vaga. Mas é pouco achar que Bolt estava correndo em Kingston só pensando no carimbo no passaporte, e não, no resultado em si. Ele sabe - Blake também - que esse duelo caseiro era uma importante batalha de uma guerra psicológica que deve eclodir em Londres. E Blake, essa batalha, venceu.

Admito que o título mundial nos 100m rasos não foi o que mais me espantou em Blake - e acho que nem a Bolt. Porque muito mais se creditou sua vitória ao erro do adversário, que queimou a largada, do que à velocidade do campeão. Só fui perceber que o homem era rápido de verdade, quando venceu os 200m rasos no meeting de Bruxelas, com um tempo muito próximo do recorde do compatriota (até fiz uma crônica sobre o caso).

Se eu já pensava que Blake poderia vencer os 200m rasos em Londres, começo a acreditar que isso seja possível, também, nos 100. E acho que agora até o Homem-Raio, embora ainda favorito, também acredita nisso.

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