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domingo, 10 de junho de 2012

Naide, triste fado

Naide Gomes está fora dos Jogos Olímpicos de Londres. Ontem, a saltadora portuguesa em distância rompeu o tendão de aquiles quando competia em Lisboa e será operada amanhã. Uma pena. Ainda mais porque, muito possivelmente, era a última chance olímpica da moça.

Nascida em São Tomé e Príncipe, Naide só defendeu a bandeira de origem nas Olimpíadas de Sydney/2000, quando foi última colocada numa bateria eliminatória para os 100m c/ barreira. Em 2001, ela se naturalizou e passou a defender a Pátria de Camões.

Em Atenas/2004, competindo no Heptatlo, Naide ficou com o 13º lugar. No mundial de Hensinque, em 2005, com o sétimo lugar. Contudo, o ciclo olímpico para Pequim não seria das sete provas, mas, apenas, do salto em distância.

Depois do bronze no mundial indoor de Moscou/2006, a neolusitana se agigantou na caixa de areia. Em 2008, começou o ano se tornando campeã mundial indoor, em Valência. E às vésperas dos Jogos Olímpicos, saltou 7,12m. Era favorita ao ouro que Maurren levou. Sorte da brasileira é que Naide saltou pessimamente nas eliminatórias e, sequer, teve o gostinho de disputar a final olímpica.

A final poderia ter vindo em Londres, já que, nos dois últimos mundiais outdoor - Berlim/2009 e Daegu/2011 -, mesmo sem medalha, ela esteve entre as melhores. Talvez não estivesse mais entre as favoritas, mas seria, decerto, candidata. Boa candidata.

Não dá pra dizer que o sonho da medalha de Naide Gomes ficou adiado para o Rio, em 2016. Porque aí ela terá 36 anos. E o tempo, curto para recuperação para Londres, é cruel para quem busca a primeira medalha no salto em distância.

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