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sábado, 30 de junho de 2012

Do bronze e do nada ao penta sem África



Dez anos atrás, a Família Scolari conquistou, na Ásia, o improvável quinto título brasileiro numa Copa do Mundo de futebol. Um time que tinha oito remanescentes de dois dos mais retumbantes fracassos da longa história do Futebol Brasileiro.

Campeões mundiais em 2002, os titulares Roberto Carlos, Rivaldo e Ronaldo e os reservas Dida, Luizão e Juninho Paulista estavam no time medalhista de bronze em Atlanta/1996. Os outros dois ex-olímpicos foram os também titulares Ronaldinho Gaúcho e Lúcio, que estavam no grupo que naufragou em Sydney/2000.

Em 1996, depois de uma campanha titubeante na primeira fase, quando até perdeu para o Japão, o Brasil chegou às semifinais e foi eliminado num jogo dramático e inesqucível contra a Nigéria de Kanu. A Seleção Canarinho ainda conquistou o bronze, dois dias depois, goleando Portugal, mas aumentou o vexame das semis, se recusando a esperar pelo pódio no dia seguinte - as medalhas foram entregues logo depois do jogo, sem muita cerimônia, sem qualquer brilho, como fora, aliás, o futebol do time naqueles Jogos.

Quatro anos mais tarde, num time sem qualquer jogador acima dos 23 anos, a Seleção fraquejou, novamente, diante do futebol africano e não conseguiu avançar para a final. Nem para as semifinais, aliás. Derrotado pela África do Sul na primeira fase, o time enfrentou Camarões nas quartas e conseguiu a proeza de ser eliminado com um gol de ouro, quando tinha dois jogadores a mais em campo.

Curiosamente, a Copa de 2002 foi a única entre 1994 e 2010 que o Brasil não jogou contra nenhum time africano. Quase enfrentou Senegal nas semis, mas os turcos se encarregaram de tirar os senegaleses da Copa. Deve ter sido melhor assim. Porque seria injusto um futebol em que Rivaldo e Ronaldo jamais fossem protagonistas de um título mundial.

(foto: FIFA.com)

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