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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um golpe da sorte

Se já não bastasse perder o Pan-americano para a Argentina, o Handebol feminino do Brasil teve, essa semana, outro indicativo de que o ano não é promissor. O sorteio para as chaves do Campeonato Mundial da China, em dezembro, pôs as brasileiras no mesmo grupo da Alemanha, França, Dinamarca e Suécia – quatro das melhores expressões do Handebol europeu. De contrapeso, o outro time adversário do grupo é o Congo. Como os três primeiros lugares garantem vaga à próxima fase, será vital vencer, pelo menos, um confronto contra as favoritas para sobreviver na competição – claro, contando que o confronto com o Congo seja ganho pelo Brasil.

Uma dessas vitórias dificilmente será contra a Dinamarca. Embora não tenha participado dos Jogos de Pequim, nem do Mundial da França/2007, a escola dinamarquesa é muito tradicional entre as mulheres, com três títulos olímpicos consecutivos – 1996, 2000 e 2004.

Também não deve ser contra a França, equipe que o Brasil até conseguiu bater no Mundial da Rússia/2005, mas que, na ocasião, jogou com o time reserva. As francesas foram campeãs mundiais em 2003 e, no ano passado, tiveram o azar de enfrentar as russas nas quartas-de-final, o que as impediu de lutar por medalhas em Pequim. Com um pouco de sorte, as francesas podem, até, pensar numa semifinal desta vez.

Restam Suécia e Alemanha, que enfrentaram o Brasil nas últimas Olimpíadas.

A Alemanha tem a credencial do bronze no Mundial de 2007, mas em Pequim foram mal. Eliminadas na primeira fase, tiveram apenas uma vitória. E a vitória foi justamente contra o Brasil. Foi uma partida atípica, em que o Brasil ficou quase dez minutos sem marcar um único gol no segundo tempo e, no final, reduziu para dois gols uma desvantagem que chegou a oito. É um time batível, apesar de toda a tradição alemã no esporte – o país do Handebol.

Já a Suécia é uma incógnita. Das quatro seleções europeias, é a menos tradicional. Em Pequim, disputou com o Brasil a última vaga no grupo na última rodada da primeira fase e venceu. Assim como contra a Alemanha, uma vitória contra o time sueco é possível, embora não seja provável.

Pensando que o Brasil perdeu esse ano para a inexpressiva Argentina, todos os adversários do grupo – o que inclui o Congo – devem ser muito respeitados. Mas, se a preparação for boa, se voltarem as titulares ausentes no Pan-americano e se o time contar um pouco com a sorte, até é possível almejar o terceiro posto da chave – a briga pelos dois primeiros deve ficar mesmo entre Dinamarca e França.

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