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domingo, 6 de maio de 2012

Ferimento. Apenas, ferimento



Desde que venceu o Mundial feminino do Japão/2010, a Seleção Russa de vôlei estancou subitamente. O fracasso no pré-olímpico foi só outro atestado da queda brusca do jogo delas.

Primeiro, em Moscou, na Copa Yeltsin do ano passado, a Rússia perdeu para um time B do Brasil nas semifinais. Depois, no Grand Prix, perdeu para a Seleção Brasileira novamente. Aí, no europeu, o time não conseguiu vaga nem para a Copa do Mundo do ano passado nem para o Grand Prix deste ano. E, agora, sem ter a Itália pelo caminho, Gamova & Cia. não conseguiram a vaga olímpica no classificatório continental.

É nítido que, em quadra, o time russo sente muita falta de Kosheleva, um dos destaques do título mundial de 2010, contundida já há um bocado de tempo. Ausência que levou a uma inexplicável convocação de Artamonova, repetindo o erro da campanha de Pequim. O passe continua uma lástima, Startseva, a levantadora, não é lá essas coisas e Gamova não consegue mais pontuar de qualquer ponto da quadra.

Fim das russas? Calma.

Jogar o qualificatório no Japão ainda não é o fim dos tempos. São oito times (dois europeus) brigando por três vagas, sem a concorrência de Cuba e, possívelmente, do Brasil. Assim, convenhamos, a Rússia se classifica pra Londres.

E em Londres, depois desse sufoco, é bom lembrar que o último título olímpico da Rússia/URSS foi nessas condições. Em 1988, numa época em que só havia oito times no vÔlei olímpico feminino (e não 12), a vaga europeia ficou com a Alemanha Oriental, que bateu a URSS na decisão do europeu de 1987. A sorte das sovieticas é que o Continente Africano preferiu não mandar time nenhum para Seul, o que abriu uma vaga num pré-olímpico mundial. Resultado? A URSS venceu o pré-olímpico e, em Seul/1988, não perdeu para ninguém. Serve para os que gostam de história e, até, para os supersticiosos...

Sim, o vôlei das russas está mal. Mas, não, elas não são peso morto. Em Londres, como sempre acontece, darão trabalho e lutarão pelo título. Ninguém pense nada diferente.

(foto: FIVB.org)

1 comentários:

Cleide disse...

Concordo com tudo que vc disse, menos com relação à Startseva: Acho-a uma boa levantadora, que ainda é jovem e, se bem treinada, pode se tornar ainda melhor! Se ela não jogou bem esse Pré, é porque estava parada (por uma fratura no pé, por stress) há 4 meses! Está claro que ela precisa de ritmo de jogo para voltar á sua melhor forma! Ainda assim, o Sergey confiou nela, porque sabe que Akulova (essa sim, uma jaqueira de marca maior!), mesmo em forma não joga mais do que ela!