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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Não era zebra

O vôlei da Coreia do Sul vive dias tenebrosos. A promotoria militar – sim, militar – de Daegu investiga uma denúncia de manipulação de resultados da V-League em partidas no período de 2009 a 2011. Entre atletas e ex-atletas, 15 pessoas já teriam sido ouvidas na investigação. Três jogadores (dois deles aposentados) e um corretor de apostas estão presos desde o último dia 8.

As suspeitas recaem sobre alguns jogadores do time masculino do Seongnam Sangmu, que teriam sido aliciados por apostadores nessas temporadas. A equipe é formada por jogadores alistados nas Forças Armadas do país. Com o escândalo, os militares resolveram retirar a equipe da competição a dez rodadas do fim do nacional. Essa decisão abrangeu, inclusive, o time feminino.

A última vez que o vôlei coreano esteve numa Olimpíada foi com as mulheres, em Atenas/2004 – o masculino não vai desde os Jogos de Sydney/2000. É nítido que a modalidade no país, que um dia foi famosa por seus treinadores ásperos e seus jogadores com capacidade infinita de defesa, segue na contramão do desenvolvimento do esporte na Coreia do Sul.

Se a única medalha olímpica que o vôlei de lá possui é um bronze feminino em Montreal/1976, o vôlei não tem feito falta aos coreanos, que, nas duas últimas olimpíadas, figuraram entre os dez primeiros do quadro geral de medalhas. Não será surpresa se um escândalo como esse sepultar, de vez, o vôlei no país.

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