Cuba não tem quadra para jogar na Liga Mundial de Vôlei, no ano que vem. O Coliseo, de Havana, não tem estrutura para hospedar eventos internacionais. A notícia está no site da UOL. Assim, o time de León vai enfrentar Itália, Coreia do Sul e França sempre no ginásio do adversário. É o final do fim do esporte na ilha.
O começo do fim foi em 2008. Depois de Fidel Castro se afastar da presidência do país, o esporte cubano começou a acompanhar o ritmo da economia nacional – abalada pelas décadas do insano bloqueio imposto pelos EUA. O reflexo disso foi que percebido já nos Jogos de Pequim.
Nos Jogos de Barcelona, em 1992, depois de Cuba boicotar as Olimpíadas de Los Angeles/84 e Seul/88, o país ficou em quinto lugar no quadro de medalhas, com 14 ouros no total – sua melhor campanha na história. Em Atlanta, quatro anos mais tarde, uma ligeira queda, com nove medalhas de ouro e o oitavo lugar no geral. Muito similar ao que ocorreria em Sydney/2000 (com 11 ouros e o nono lugar no quadro) e em Atenas/2004 (quando foram nove títulos olímpicos e o 11º lugar entre todas as nações do planeta).
Mas, em Pequim, depois da substituição de Fidel por Raúl Castro, no poder, a campanha cubana foi muito ruim. Foram apenas duas medalhas de ouro conquistadas (nenhuma no Boxe, a mina de ouro olímpica dos caribenhos) e uma distante 28ª posição no ranking. Foi a primeira vez desde 1992 que Cuba não foi a nação latino-americana mais premiadas nas Olimpíadas – perdeu para o Brasil, que, convenhamos, não é nenhum força olímpica.
Para ilustrar melhor a atuação de Cuba em Pequim, o país teve menos ouros do que Usain Bolt, da vizinha Jamaica.
Pelo jeito, as últimas moedas que Cuba guardou para o esporte estão acabando. Uma pena: o país era modelo esportivo para as nações com poucos recursos, mas essa crise mostra, apenas, que esporte precisa andar junto com dinheiro para ser de alto rendimento.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Força decadente
11:57
João Batista Jr.
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