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sábado, 11 de dezembro de 2010

Força decadente

Cuba não tem quadra para jogar na Liga Mundial de Vôlei, no ano que vem. O Coliseo, de Havana, não tem estrutura para hospedar eventos internacionais. A notícia está no site da UOL. Assim, o time de León vai enfrentar Itália, Coreia do Sul e França sempre no ginásio do adversário. É o final do fim do esporte na ilha.

O começo do fim foi em 2008. Depois de Fidel Castro se afastar da presidência do país, o esporte cubano começou a acompanhar o ritmo da economia nacional – abalada pelas décadas do insano bloqueio imposto pelos EUA. O reflexo disso foi que percebido já nos Jogos de Pequim.

Nos Jogos de Barcelona, em 1992, depois de Cuba boicotar as Olimpíadas de Los Angeles/84 e Seul/88, o país ficou em quinto lugar no quadro de medalhas, com 14 ouros no total – sua melhor campanha na história. Em Atlanta, quatro anos mais tarde, uma ligeira queda, com nove medalhas de ouro e o oitavo lugar no geral. Muito similar ao que ocorreria em Sydney/2000 (com 11 ouros e o nono lugar no quadro) e em Atenas/2004 (quando foram nove títulos olímpicos e o 11º lugar entre todas as nações do planeta).

Mas, em Pequim, depois da substituição de Fidel por Raúl Castro, no poder, a campanha cubana foi muito ruim. Foram apenas duas medalhas de ouro conquistadas (nenhuma no Boxe, a mina de ouro olímpica dos caribenhos) e uma distante 28ª posição no ranking. Foi a primeira vez desde 1992 que Cuba não foi a nação latino-americana mais premiadas nas Olimpíadas – perdeu para o Brasil, que, convenhamos, não é nenhum força olímpica.

Para ilustrar melhor a atuação de Cuba em Pequim, o país teve menos ouros do que Usain Bolt, da vizinha Jamaica.

Pelo jeito, as últimas moedas que Cuba guardou para o esporte estão acabando. Uma pena: o país era modelo esportivo para as nações com poucos recursos, mas essa crise mostra, apenas, que esporte precisa andar junto com dinheiro para ser de alto rendimento.

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