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sexta-feira, 1 de julho de 2011

E a trama se complica

Se não fosse o Mundial de Xangai batendo à porta, os quatro nadadores seriam punidos com rigor? Ou será que os outros três pegaram carona na mesma pena de Cielo?

Daynara de Paula pegou seis meses de suspensão, ano passado, também por furosemida, e o médico do programa antidoping do COB diz que “Não podemos comparar penas. A substância pode ser a mesma, mas tem que avaliar se mostra negligência ou culpa do atleta. Seis meses, a pena tradicional, às vezes cai em um período em que o atleta não tem competição importante. Outra hora você dá dois meses e, se fossem três, tiraria do Mundial. Às vezes não é tão grande para tirar do Mundial por uma coisa não grave.”

A história é contada cada vez pior. Se a punição é para não punir de fato, para que punir, ou mesmo, para que o antidoping?

Em 2007, Jaqueline ficou fora dos Jogos Pan-Americanos por uso de sibutramina. Maurren Maggi, em 2003, foi flagrada com clostebol e não disputou o Pan de Sto. Domingo nem as Olimpíadas de Atenas, no ano seguinte. E agora o médico Comitê Olímpico Brasileiro, responsável pelo controle antidoping, diz que não vai suspender ninguém por causa do mundial?

Há algo de podre, não no reino da Dinamarca, e sim, na piscina brasileira. Pesos e medidas não estão conferindo.

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