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sexta-feira, 9 de março de 2012

O jogo-campeonato

A fase classificatória da Superliga feminina de vôlei termina hoje com o clássico de sempre. Desde a temporada 2002/2003 o vôlei feminino do Brasil está monopolizado por Rexona/Unilever, de Curitiba/Rio de Janeiro, e BCN/Finasa/Sollys, de Osasco. Eles arrebatam os últimos nove troféus e vêm decidindo os campeoantos nacionais, ininterruptmente, desde 2005. A partida é no Rio de Janeiro e, se vencer sem levar o jogo para o tie-break, o Osasco conclui a fase inicial com a melhor campanha. Senão, o primeiro posto permnanece, merecidamente, com o Unilever.

Com esse regulamento estúpido, que prevê séries melhor-de-três nas quartas e semifinais, mas um jogo só, em local previamente determinado, para a decisão (que vai ser em São Bernardo do Campo, este ano), ser primeiro ou segundo não muda muita coisa, um não terá vantagem sobre o outro, caso a história se repita de novo e eles decidam o título - a vantagem, nessa hipótese, é do Osasco, já que vai jogar numa cidade vizinha.

Quem fizer mais pontos pega o BMG/São Bernardo ou o Pinheiros, que ainda disputam a última vaga para os play-offs, e não deve encontrar muita resistência. Já o time de segunda melhor campanha vai encarar o Mackenzie ou o Praia Clube. É verdade que o Mackenzie tem um time muito voluntarioso, que compensa com juventude, bloqueio e defesa as deficiências no ataque e no passe, e é verdade, também, que o Praia Clube até chegou a vencer o Osasco nesta Superliga. Mas apostar em uma dessas equipes mineiras contra um dos dois gigantes não é recomendável.

O que vale o jogo de hoje, além da rivalidade eterna, é ver, mesmo, quem escapa de um possível confronto nas semifinais contra o Vôlei Futuro, único time da Superliga que conseguiu bater Osasco e Unilever. É preciso admitir que o time de Araçatuba, com Paula, Walewska, Fernanda Garay e Sikora, tem sido melhor no papel do que na quadra. Porém, depois de haver titubeado bastante durante a campanha, perdendo, até, um tie-break para o Minas em que vencia por 14-8, as meninas ganharam vida nova com a virada sobre o Unilever há três dias. (Na ocasião, o time de Bernardinho vencia por 2-0 e sucumbiu em cinco sets.)

Do outro lado da chave, nessa semifinal hipotética, quem terminar a fase na liderança vai pegar o vencedor da série entre o Minas e o Sesi, confronto que, no papel, deve ser mais fácil do que contra o VF.

Tomara que os dois times estejam pensando nisso e que seja um jogão.

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