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quarta-feira, 21 de março de 2012

Um alerta pra dois


(foto: zimbio.com)

James Magnussen, hoje, exatamente hoje, é o cara da natação de velocidade. Foi campeão mundial nos 100m livre em Xangai/2011 e quase bateu o recorde mundial da prova, que ainda é de Cesar Cielo, uns dias atrás. Pra completar, nesta quarta-feira, nadou os 50m livres em 21s74. Está longe dos 20s91 que Cielo fez com um supermaiô, mas é melhor que os 21s85 que o brasileiro chamou de "recado". Enfim, se Cielo pensa em título olímpico, vai ter que bater o australiano em Londres. Disso, hoje, pouca gente duvida.

Porém, esse começo de ano amedrontador de Magnussen lembra um tanto a ascensão meteórica de seu compatriota Eamon Sullivan, em 2008. Naquele ano, o cara começou estabelecendo um novo recorde mundial pros 50m livre, o que o tornou favorito em Pequim. Depois, já nos Jogos, estabeleceu novo recorde para os 100m livre ainda nas semifinais e parecia que ia abocanhar os dois ouros mais rápidos das piscinas, coisa que só o norte-americano Matt Biondi (Seul/1988) e o russo Alexander Popov (Barcelona/1992 e Atlanta/1996) fizeram. Mas, que nada!

Quando a onça bebeu água, Sullivan foi superado por Alain Bernard e teve de se contentar com a prata nos 100. Quando caiu na piscina pros 50m, enxergou de binóculo, na sexta posição, a vitória de Cesar Cielo. Nos revezamentos, Sullivan ainda foi prata no 4x100m medley e bronze no 4x100m livre. Ou seja, voltou de Pequim recordista mundial nos 50 e 100m livre, mas não tinha nenhuma medalha dourada pendurada no pescoço.

Chegar favorito ou ser recordista não foi salutar em 2008. Ganha em Londres quem superar os adversários, o exemplo de Eamon Sullivan e os nervos.

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