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domingo, 1 de abril de 2012

Candidatos

(foto: femexfut.org.mx)



México e Honduras são os representantes da Concacaf no torneio masculino de futebol, em Londres. Os dois (Honduras, principalmente) contaram com a ajuda inesperada de El Salvador, que eliminou os EUA com um gol nos acréscimos, ainda no estágio de grupos.

A Seleção Hondurenha esteve nos Jogos de Pequim/2008, mas não passou da primeira fase. Aliás, nem ponto fez. A medalha que ganham é a da participação, nada mais. Já os mexicanos, ao que parece, podem sonhar com alguma coisa além da importância de competir.

Primeiro de tudo, é bom que se ressalte que o futebol tem evoluído no México esses últimos anos. Desde 1994, o time principal sempre tem se classificado para a Copa do Mundo e, lá, pelo menos, tem conseguido chegar aos mata-matas. Já suas seleções de base, vira e mexe, têm feito bons campeonatos mundiais e até, como foi no sub-17 de 2005 e de 2011, conquistado títulos.

Além disso, convenhamos, a concorrência no futebol masculino não vai ser das mais fortes. Os sempre temidos africanos, finalistas em três das últimas quatro olimpíadas, medalhistas em quatro das últimas cinco edições, dessa vez, não mandam Camarões, Gana ou Nigéria, e sim, Egito, Marrocos e Gabão. Os dois sul-americanos, Brasil e Uruguai, são fortes, mas é melhor enfrentá-los a concorrer com a atual bicampeã olímpica, a Argentina, que certamente escalaria Messi. E na Europa, a Espanha é o time a ser batido. Suíça e Bielorrússia não têm grande credenciais, exceto, talvez, pelo mundial sub-17 que suíços ganharam há três anos. O país-sede, a Grã Bretanha, só compete porque é em casa e deve usar o selecionado mais como ente político (talvez convocando o inglês David Beckham e o galês Ryan Giggs) do que esportivo, pois não vai utilizar nenhum atleta que participe da Eurocopa desse ano, que termina em 1º de julho.

Talvez o México não seja um time para levar o ouro. Entretanto, se de fato seus concorrentes mais fortes forem apenas Espanha, Uruguai e Brasil, é possível pensar que, com bola em campo e sorte nos cruzamentos das quartas-de-final e semifinal, os mexicanos possam, pela primeira vez, voltar dos Jogos com uma medalha no futebol.

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