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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pode desconfiar




O sérvio Ivan Miljkovic tem 32 anos e ainda está em forma. Para quem duvida, o oposto fez 22 pontos no confronto contra o Brasil, em novembro, na Copa do Mundo, e foi o maior pontuador da peleja vencida pela Sérvia. Caso sua seleção se classifique para Londres, o que não parece ser difícil, ele iria para a quarta olimpíada e tentaria repetir o feito de Sydney/2000, quando ajudou a ainda Iugoslávia a conquistar o ouro. Mas, não. Disse que não quer mais saber da seleção, justamente, quando o ciclo olímpico está acabando.



A russa Eugenia Artamonova vai completar 37 anos em julho e foi, certamente, o grande nome do vôlei russo dos anos 90. Sim, da década retrasada. Não fossem as cubanas, é bem possível que ela tivesse em casa uma medalha de ouro olímpica. Contudo, as três pratas que possui (Barcelona/1992, Sydney/2000 e Atenas/2004) não desmerecem sua carreira. O vice-campeonato em 2004 parecia ter encerrado a história da atacante na seleção, mas eis que ela foi convocada, depois de longa ausência, para os Jogos de Pequim/2008. Ela voltou com penteado diferente e com o sobrenome de casada no uniforme, "Estes", quase como se estivesse disfarçada. A tática não funcionou e a Rússia, campeã mundial em 2006, nem chegou às semifinais olímpicas. Isso tudo para dizer que agora, às vésperas do pré-olímpico europeu, Artamonova-Estes foi pré-convocada para defender a seleção russa, numa lista de 22 nomes - só serão 14 em alguns dias.

Meu palpite?

Miljkovic está cansado, não quer saber de jogar pré-olímpico nem Liga Mundial e volta ao time sérvio quando for pra valer, mesmo, em Londres.

Já Artamonova, se jogar, vai jogar o que jogou em 2008, a Rússia vai se classificar apesar disso, e ela vai assistir aos Jogos de Londres pela TV.

((fotos: FIVB.org)

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