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domingo, 8 de abril de 2012

Fechou a conta na quadra. E o Brasil?

Nesta semana, definiram-se as seis vagas olímpicas que restavam no handebol masculino. Quem não conseguiu classificação aos Jogos por não ter sido campeão continental ou mundial, ou não ser a própria Grã Bretanha, teve de se virar num dos três torneios pré-olímpicos. Suécia, Hungria, Croácia, Islândia, Espanha e Sérvia foram agraciadas com o direito de competir em Londres.

Curiosidade: dos quatro semifinalistas em Pequim/2008, só a França, campeã mundial em 2011, já estava assegurada nos Jogos; Islândia, Espanha e Croácia tiveram de ralar um mais um bocadinho. Mas todo mundo passou, sem trauma, sem drama.

E o Brasil?

A Seleção Brasileira jogou o pré-olímpico na Suécia. Mesmo sem vaga e sempre correndo por fora, até que não fez muito feio. Perdeu um jogo equilibrado para Suécia, venceu a Macedônia num jogo apertado, mas amistoso, já que ninguém tinha mais chances, e, poderia ter vencido a Hungria, no sábado, resultado que, junto à hipotética vitória contra os macedônios, teria levado o time brasileiro para Londres. Mas não venceu. Teve chance de empatar e falhou em dois ataques consecutivos, no finzinho do jogo. Ficou fora, depois de estar presente às duas últimas olimpíadas.

Se Manoel Luiz Oliveira tem a chance de ver seu sétimo mandato à frente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) coroado com uma boa campanha das meninas em Londres, vai ser, e com razão, criticado pelo marasmo nas categorias de base, nos clubes e na seleção masculina - que, na vera, mesmo, perdeu a vaga pra Argentina, em Guadalajara, ano passado. Estagnado, o handebol brasileiro vê, passivamente, o argentino evoluir e assumir a liderança continental da modalidade. Enquanto a Argentina fez uma campanha brilhante no mundial passado, vencendo Suécia e Eslováquia, e empatando com a Coreia do Sul, o Brasil perdeu, até, do Japão, naquele campeonato.

São sete mandatos de Manoel Oliveira, e o Brasil ainda não é capaz de fazer frente a seleções medianas da europa - como é o caso da Hungria (o jogo com a Macedônia não valia muita coisa, né?). São sete mandatos de Manoel Oliveira, e o Brasil também não foi capaz de suplantar os hermanos na luta pela vaga olímpica. Mas, se as meninas voltarem de Londres com medalha, tudo estará bem, dirão que o "o projeto handebol feminino teve êxito", repetirão que foi o "resultado de um longo trabalho" e outras lengas. Não é assim?

(foto: SEED.gov.br)

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