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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Luvas de casa



No mundial masculino de boxe amador do ano passado, em Baku, que distribuía entre seis e dez vagas olímpicas para cada uma das 11 categorias de peso, os turcos não conseguiram nada. Zero vaga. Mas, aí, no pré-olímpico europeu, que terminou no último sábado, a reviravolta. Enquanto França e Grã Bretanha conquistaram duas vagas cada uma, e Rússia, Itália e Alemanha só aumentaram em um o número de seus atletas no ringue londrino, a Turquia carimbou logo seis passaportes. O pré-olímpico foi em Trabzon, na Turquia, e isso pode explicar essa enxurrada turca no torneio continental. E traz, por que não?, boas perspectivas para o córner brasileiro também.

O pré-olímpico das Américas é entre 4 e 13 de maio, no Rio de Janeiro. O Brasil já tem três vagas asseguradas (todas muito bem conquistadas no mundial) e deve conseguir mais algumas. Talvez, até, supere o número de seis lutadores numa Olimpíada, recorde nacional estabelecido em Helsinque/1952 e igualado em Atlanta/1996, Sydney/2000 e Pequim/2008. Não só porque Cuba, o bicho papão, já tenha sete classificados e só possa pleitear mais quatro vagas, mas porque lutar em casa propicia esses milagres. Por quê?

Não sei. Sei, porém, é que o santo caseiro dos ringues, que esteve na Turquia semana passada, já deu um título pan-americano ao brasileiro Pedro Lima, no Rio/2007, na categoria meio-médio ligeiro, mas ele, sequer, conseguiu representar o país em Pequim. Se o pré-olímpico tivesse sido aqui, e não, no Caribe...

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