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domingo, 7 de novembro de 2010

Fabiana

Em nome da rivalidade que, na adolescência, tirou meu sono de torcedor, não vou criticar o Brasil por ter perdido um set para esse time de Cuba. Também vou atribuir mais mérito às caribenhas do que erro a Natália por terem-na praticamente anulado no ataque. E também não vou criticar Fabí, nossa líbero, que tem obrigação de passar e defender, mas fez isso muito mal nos dois primeiros sets, porque, em nome da rivalidade que teima em existir, é melhor dizer que foi Cuba quem sacou com eficiência.

Seria melhor falar de Jaqueline, enfim, fez uma partida que lembrou as atuações dela no mundial de 2006. Ou pode ser melhor falar de Fabíola, que fez sua melhor partida na distribuição de jogo, não abrindo mão de levantar para a entrada, para a saída, para o meio fundo e para o meio de rede. Meio de rede. E como o Brasil atacou pelo meio!

Posso falar de Thaisa, com nove pontos de ataque. Pensar que esse número foi maior do que o de Natália seria motivo para saudá-la como destaque ofensivo do time. Seria.

Porque a outra central, Fabiana, fez parecer que Thaisa não atacava. Que ninguém mais atacava – só ela.

Fabiana fez 14 pontos de ataque e, hoje, foi a jogadora de confiança da levantadora. Dia em que uma central é nossa bola de segurança não é um dia comum, é como um 29 de fevereiro no calendário do vôlei.

É de Fabiana que eu falo. Não é da rivalidade, da classificação quase certa ou do prazer secreto de ter eliminado Cuba matematicamente da disputa. O mais, daqui a algum tempo, não vai importar.

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