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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Voleibol de resultado?

Quatro jogos, quarta vitória. Brasil 3x0 Porto Rico. Tudo indo bem, certo? Não. Os dois últimos jogos, especialmente, mostraram que a Seleção Brasileira é inconstante e, dependendo do time adversário, sonolenta. Arrisco: a Seleção tem praticado um voleibol de resultado, atuando bem quando o adversário requer e se poupando em excesso quando acha que não vai perder.

Se contra a Holanda, a terceira força do grupo, o Brasil jogou um vôlei alegre, insinuante, com Fabíola lançando mão de todas as atacantes, contra Porto Rico, um time não mais que esforçado e, agora, eliminado, a partida se arrastou, nos mesmos moldes da estreia, contra o Quênia.

O passe, outra vez, foi lastimável, o que, por si, já dificultaria a vida da levantadora e do ataque, consequentemente. Para completar, tanto as atacantes – exceto, Natália – quanto Fabíola estavam num dia de não, um daqueles dias em que é melhor ser pragmático e arriscar o menos possível, embora o adversário fosse um dos mais fracos possíveis. Resultado disso: o meio e o fundo quase não foram acionados, e mesmo as bolas de ponta se resumiram à entrada da rede.

Teria sido interessante que Fernanda Garay tivesse entrado no lugar de Jaqueline, pelo menos, desde o início do terceiro set, e não a seis pontos do final. Era o momento de ser se a ex-ponteira do Pinheiros pode substituir a pernambucana no passe e na defesa – porque, no ataque, ao que parece, pode fazê-lo com alguma sobra.

Fabí, a líbero, e Thaísa e Fabiana, as centrais, ainda não mostraram tudo o que podem no campeonato. E hoje não foi exceção. Thaísa, contudo, se destacou no saque: seu serviço chapado, rente à rede, sempre causa furor na defesa adversária – e hoje não foi exceção.

Quatro jogos, quarta vitória. Brasil 3x0 Porto Rico. Esquecido o jogo de hoje, assim como o de anteontem. A partida que vai valer muito, para as brasileiras, vai ser contra as italianas, amanhã. Na melhor das hipóteses, o jogo decidirá primeiro e segundo colocados, já pensando nas semifinais; na pior, decidirá quem segue para as sêmis, junto com os EUA. Se o Brasil só joga bem quando precisa, contra a Itália vai precisar. E muito.

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