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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

País do Judô

Faz tempo que o judô brasileiro não faz um bom papel em Olimpíadas. Nos dois últimos Jogos, a delegação tupiniquim trouxe apenas medalhas de bronze, com o detalhe insólito de não ter tido nenhum atleta em nenhuma semifinal. Ou seja, nossos judocas abandonaram a luta pelo título olímpico cedo demais. Nosso consolo, desde as duas pratas em Sydney/2000, foi o título mundial de João Derly em 2005, no Cairo, e os de Tiago Camilo, de Luciano Correa e do próprio Derly, em 2007, no Rio de Janeiro. Afora isso, nada muito relevante.

Eis, contudo, que 2010 se mostrou um ano redentor para o judô nacional.

Depois de três medalhas de prata (com Leandro Guilheiro, Leandro Cunha e Mayra Aguiar) e uma de bronze (com Sara Menezes) no Mundial de Tóquio, o time masculino do Brasil conquistou ontem, em Antalya, Turquia, o vice-campeonato mundial por equipes, perdendo a final para o Japão. O resultado iguala a melhor campanha verde-amarela na competição, em Minsk, 1998, com derrota também para o Japão, na final.

Não bastasse a evolução no tatame, o Brasil ganhou, ainda, o direito de sediar quatro mundiais do esporte. Em 2012, Salvador hospeda o mundial por Equipes. Em 2013, São Paulo vai receber o mundial individual. E em 2015, ano-véspera dos Jogos Olímpicos do Rio, a cidade receberá o mundial por equipes e, pela segunda vez em 8 anos, o individual.

É lógico que foram os Jogos de 2016 que possibilitaram a tripla escolha. Resta, agora, ao judô brasileiro aproveitar o seis anos de vacas gordas para promover e popularizar o esporte e, de quebra, colocá-lo de novo no caminho do ouro olímpico, que não vem desde 1992, com Rogério Sampaio.

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